Funcionários dos Correios suspendem greve no Paraná

Autor: Da Redação,
sábado, 10/08/2024
60% dos trabalhadores dos Correios aderiram a greve em Apucarana, segundo o Sintcom

Os funcionários dos Correios decidiram suspender a greve da categoria iniciada na última quarta-feira (7) em todo o Paraná. O Sindicato dos Trabalhadores nos Correios (Sintcom-PR) informou que o retorno ao trabalho está marcado para segunda-feira (12) e que aguarda a reabertura da negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) junto à empresa. 

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Ainda conforme o Sintcom-PR a maioria dos trabalhadores aprovou a suspensão da paralisação, mantendo o estado de greve com nova assembleia agendada para 15 de agosto, quando a proposta da empresa será avaliada.

"A categoria do Paraná deixou seu recado, se a empresa não apresentar nova proposta, a greve será retomada. Parabenizamos todos os companheiros e companheiras que se mobilizaram, enfrentando o descaso da empresa até o momento. Nada e nem ninguém irá diminuir a força dos trabalhadores. Por ora, desejamos a todos um bom fim de semana e continuamos em busca de mais informes", diz nota oficial divulgada pelo sindicato no Facebook. 

GREVE

A paralisação dos funcionários dos Correios começou na última quarta-feira (7),  em todo o país. Na agência de Apucarana (PR), houve adesão de pelo menos 12 carteiros na quinta-feira (08), segundo informações do Sintcom-PR. Segundo a entidade, o número representa 60% do total desses trabalhadores.

O TNOnline consultou fontes dos Correios, que informaram que a adesão seria, no entanto, de 25% do total. A agência funcionou normalmente. 

A categoria pede reajuste salarial, diminuição do custo do plano de saúde e mais vagas em concurso público. Os trabalhadores não aceitaram a proposta oferecida e anunciaram a paralisação nacional.

OUTRO LADO

Em comunicado à imprensa, os Correios informaram que as agências funcionam normalmente em todo o país com todos os serviços disponíveis. “A empresa já adotou medidas como remanejamento de profissionais e realização de horas extras para cobrir as ausências pontuais e localizadas devido à paralisação anunciada pelo sindicato”, justifica a empresa.

Ainda em nota, os Correios disseram foi oferecido um aumento de 6,05% nos salários a partir de janeiro de 2025 mais aumento de 4,11% nos benefícios a partir de agosto de 2024. “Outra melhoria proposta pelos Correios é o aumento de 20% para os empregados que possuem a função “motorizada” – ou seja, motociclistas e motoristas”, acrescenta o texto.

A empresa ainda diz ter acrescentado o pagamento de um vale alimentação/refeição extra no valor de R$ 50,93, nos meses de agosto a dezembro de 2024, para empregadas e empregados com remuneração até R$ 7,3 mil, e o pagamento de um vale extra, chamado de ‘vale-peru’, de R$ 1.120,47 para todas as empregadas e os empregados, que será pago no mês de dezembro de 2024.

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“Sobre o plano de saúde, o processo de alteração do regulamento para redução da coparticipação de 30% para 15% tem previsão de implementação no próximo mês, após a realização de ajustes necessários para adequação às normas vigentes”, explica a empresa. No comunicado à imprensa, os Correios também criticaram a tentativa de privatização da empresa, intensificada na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).