O apucarense João Baptista Domingos Júnior - conhecido como Pig e um dos professores que tiveram o nome relacionado a insinuações e acusações de assédio e importunação sexual no movimento #ExposedApucarana- entrou na última sexta-feira (29) com pedido judicial de tutela inibitória para retirada de seu nome junto as publicações da plataforma. "Solicitamos que seja retirada qualquer menção ao nome e também apelido do meu cliente, que vem sendo alvo de inúmeros ataques nas redes sociais", comenta o advogado Aluísio Ferreira, que representa o professor juntamente com o advogado Luigi Ferreira.
Segundo o advogado, na próxima segunda-feira (1), será ingressada junto a 17 Subdivisão Policial (SDP) uma representação criminal solicitando a identificação e indiciamento das mulheres que acusaram o professor de assédio. "Após a identificados dos autores, pretendemos ingressar com outras medidas judiciais como queixas-crimes e também ações por danos morais", comenta.
Na sexta-feira, o professor de Física divulgou uma nota repudiando as insinuações e acusações atribuídas a ele. Na nota, ele destaca que tem uma carreira no magistério há 20 anos em e rechaça "qualquer ato e comportamento comprovados ao assunto tratado".
O advogado destaca que as acusações tornaram seu cliente alvo de uma série de ataques nas redes sociais. "Meu cliente tem uma carreira sólida que está sendo seriamente afetada. A imagem dele parte de seu patrimônio profissional", comenta o advogado acrescentando que seu professor também deve se apresentar junto à Delegacia da Mulher de Apucarana. "É de nosso total interesse que esse caso seja investigado vamos nos colocar à disposição das autoridades para colaborar", comenta.
#ExposedApucarana
Inspirado por movimentos semelhantes feitos em outras cidades e até outros países, o movimento #ExposedApucarana foi iniciado na quinta (28). Através da hashtag, mulheres denunciaram vários casos de assédio e importunação sexual que teriam ocorrido na cidade.
Boa parte dos comentários fazia alusão a professores de colégios locais. Muitas das mulheres narraram fatos ocorridos inclusive dentro dos estabelecimentos de ensino. O assunto chegou a ficar na lista dos mais comentados do Brasil na plataforma Twitter no início da tarde.
A delegada da Delegacia da Mulher afirmou, também na quinta, que está acompanhando as denúncias feitas nas redes sociais, mas pediu que os casos sejam levados oficialmente para a polícia.