Curso de engenharia têxtil de Apucarana tem 95% de empregabilidade

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 03/04/2023
São seis laboratórios específicos do curso e outros quatro compartilhados

Ofertado desde 2010, o curso de engenharia têxtil do campus de Apucarana da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) tem 95% de empregabilidade. É o que mostra um estudo do projeto de extensão da instituição chamado de “Acompanhamento dos Egressos do Curso de Engenharia Têxtil”, divulgado nesta segunda-feira (3). A primeira turma colou grau em 2015 e, desde então, já são 113 egressos.

Segundo o levantamento, realizado pelos professores Caroline Cionek, Liliana Xavier, Fabricio Maestá e Dayne Coltre, Santa Catarina é o estado que mais emprega os formandos de Apucarana, com 30,61% dos egressos, seguido de São Paulo (28,6%) e Paraná (22,45%). Outros 6% atuam fora do Brasil e os demais estão espalhados pelo país. 

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Primeiro curso de engenharia da UTFPR, engenharia têxtil forma profissionais em uma área estratégica. O setor é o segundo que mais emprega no país atualmente na indústria de transformação. A cadeia produtiva desse segmento é formada por mais de 22,5 mil empresas formais e gera 1,34 milhão de empregos diretos e outros 8 milhões indiretos.

O Paraná têm tradição nesse setor. Segundo a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), o Estado ocupa o 4º lugar no ranking do número de estabelecimentos e na geração de empregos na área têxtil no país.  A região também é conhecida pelas empresas na área, com destaque para Apucarana. Conhecida como  a "Capital do Boné",  a cidade fabrica 4 milhões de bonés por mês, o que representa 70% da produção nacional. São 628 empresas do ramo têxtil/confecções, que geram 7.647 empregos formais.

A coordenadora do curso, professora Samira da Silva Mendes, destaca que são apenas quatro graduações dessa área no país, sendo duas no Paraná (Apucarana e Goioerê), uma no Rio Grande do Norte e outra em Santa Catarina. “Justamente por ter poucos cursos no Brasil e muita demanda de empregos, há um déficit grande de profissionais, o que explica esse alto índice de empregabilidade”, explica.

Samira assinala ainda que o curso em Apucarana é composto por 100% de professores doutores, com atuação multidisciplinar. São seis laboratórios exclusivos e mais quatro compartilhados com o curso de moda. Outro diferencial é a formação voltada justamente para o mercado de trabalho. “Nossa grade contempla aulas de gestão e empreendedorismo. Assim, além da parte técnica, há uma preocupação em aprimorar o perfil de gestão dos alunos”, acrescenta.

VESTIBULAR

O curso tem 31 vagas abertas no vestibular do segundo semestre de 2023 da UTFPR.  No total, são 44 vagas para engenharia têxtil. As demais foram preenchidas via Sistema de Seleção Unificado (SiSu) no primeiro semestre.

Em Apucarana, no total, a UTFPR oferta 207 vagas em sete cursos. Além de engenharia têxtil, os estudantes podem optar por engenharia civil, engenharia de computação, engenharia elétrica, engenharia química, química e design de moda. 

 A UTFPR anunciou a retomada do vestibular 13 anos após o último processo seletivo deste modelo. Desde então, a universidade selecionava estudantes exclusivamente pelo SiSu.

As inscrições para o vestibular da UTFPR deverão ser realizadas pelo Portal do Candidato (https://portaldocandidato.funtef.org/) até 9 de maio ao custo de R$ 150.  Candidatos que comprovarem não conseguir realizar o pagamento podem solicitar isenção da taxa até 12 de abril.

Durante a inscrição, será possível escolher um curso em primeira e outro em segunda opção e também entre os idiomas espanhol e inglês para as questões de Língua Estrangeira Moderna. Neste período, o candidato deverá optar por uma das três modalidades: ampla concorrência, cotista ou treineiro. As provas vão ocorrer em 4 de junho.  

Por Fernando Klein