Cultura americana do halloween ganha espaço na região

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 30/10/2020
Letícia, filha de Patrícia Marques Garcia, de Apucarana, durante o halloween do ano passado

A cultura americana do Halloween vem ganhando cada vez mais adeptos na região de Apucarana. Festejado um pouco por todo o mundo, a história do halloween resulta do conjunto de influências pagãs, cristãs e populares.

Com origem na tradição anglo-saxónica, o Dia das Bruxas se popularizou nos Estados Unidos, onde adquiriu novos contornos e ganhou grande relevância econômica. Em Apucarana, a arquivista e empresária da área da gastronomia Daniella Lepre é uma das adeptas do halloween. Na verdade, o amor pela data e pela cultura, principalmente pela bruxas, vem da infância. "Sempre amei essa cultura e as bruxas. É algo que vem desde criança. A cultura vem do paganismo, a primeira religião. Não se acredita em santos no Reino Unido e eles acreditavam nas forças da natureza", conta. 

Dany, como é conhecida por familiares e amigos, decora a mesa, faz quitutes e tudo mais que o manda o figurino. "O Dia das Bruxas sempre esteve presente em minha vida, inclusive fiz o aniversário de um ano da minha filha Gabriela com o tema bruxas e ela usou uma fantasia durante a festa", lembra.  

A empresária Patrícia Marques Garcia aderiu à cultura depois que teve a primeira filha Letícia, de 4 anos. Com a caçula Gabriela, de 3 anos, a festa deve ficar apenas em casa neste ano devido à pandemia. "Eu vejo o halloween aqui no Brasil como um segundo carnaval para as crianças. Gostamos de participar da festa, sobretudo pela diversão. As meninas adoram este mundo da fantasia e do faz de conta, e sair pedindo doces com roupas assustadoras é o máximo para elas", conta. 

De onde vem o Halloween?

De culto dos mortos, o Dia das Bruxas. se transformou em uma festa onde vestir fantasias “assustadoras”, decorar a casa com figuras bizarras, sair para festejar pela noite fora ou andar de porta em porta a pedir doces, ganha cada vez mais adeptos. O nome “Halloween” deriva de “All Hallows Eve” com raízes na cultura anglo-saxónica. “Hallow” é um termo antigo para “Santo”, e “Eve” significa “véspera”, ou seja, véspera do “Dia de todos os Santos”.

Halloween: mistura de culturas e mitos ancestrais

No mundo das histórias de terror, a noite do Halloween não tem paralelo. Sendo a segunda comemoração mais popular nos EUA, a seguir ao Natal, conquista cada vez mais adeptos um pouco por toda a parte. Apesar de parecer uma festa tipicamente americana, a origem do “dia das bruxas” remonta à Europa antiga, ao tempo dos Celtas e druidas.

História do Halloween

Acredita-se que a origem do Halloween reside num antigo festival pagão: o festival Celta de Samhain ou “fim do verão”. Com início a 30 de outubro, o festival prolongava-se por três dias para festejar o fim das colheitas, o Ano Novo Celta e o início do inverno, a estação da escuridão e do frio e, por isso, associada à morte.

Diz a lenda que na noite de 30 de outubro, os mortos voltavam a povoar a terra como fantasmas. Os familiares dos mortos deixavam à porta de casa comida e bebida para receberem os espíritos. Quem se atrevia a sair de casa, cobria-se com peles para tentar passar desapercebido entre os espíritos que vagueavam à procura de um corpo para reencarnar.

Mais tarde, em meados do século VII, o papa Gregório III trocou o Stamhain pelo Dia de Todos os Santos. A anterior data de 13 de maio – data do festival Romano dos mortos – foi substituída pelo dia 1 de novembro.

Quando surgiu o Halloween? 

Em finais do século XIX, a grande fome na Irlanda motivou uma imigração em massa para os EUA. Estes irlandeses levaram consigo a sua cultura, espíritos e tradições.

À tradição anglo-saxónica juntaram-se os rituais norte-americanos da época das colheitas. A cidra de maçã, as rosquinhas (do inglês “doughnuts”), os espantalhos – usados para proteger as culturas de milho – ou as abóboras esculpidas com olhos e dentes fantasmagóricos, tornam-se símbolos do Halloween americano.

A partir de 1920, se junta esta comemoração uma outra tradição: a de pregar partidas e andar de porta em porta a pedir doces com a célebre frase “Trick-or-treating?” ou “Doces ou travessuras?”.

Fonte: Mãe me quer