Você já ouviu falar do Poço de Jacó? Conhece a história religiosa? Em Apucarana, um morador da cidade uniu a paixão pelo meio ambiente e a fé, e transformou um espaço localizado na Rua Deolindo Massambani no Jardim Vale do Sol.
O mecânico, de 65 anos, Wilson Rubens Alves e a família, que são judeus, procuravam um local para realizar batismos e rituais da religião. Quase que no 'quintal' de casa encontraram o espaço ideal. Há 15 anos a área com mina começou a ser transformada. “Como eu sou da religião judaica nós precisávamos de um espaço para que as nossas esposas fizessem o ritual de purificação. Foi quando eu achei esse local com mina, há 15 anos comecei a cuidar da mina, revitalizei, agora existe uma de água pura”, explicou.
O mecânico contou que quando começou a realizar os batismos ele precisou de uma autorização do meio ambiente, pois o terreno é público, e com tudo certo, e com apoio da prefeitura, limpou o espaço. “Eu pedi ajuda para a prefeitura, expliquei a importância de ter um espaço de rituais para a nossa religião. De uns cinco anos para cá, com ajuda da prefeitura, o terreno recebeu uma grande limpeza, calçadas no entorno do espaço e o nome, Poço do Jacó. Depois de tudo limpo, coloquei uma escada para que as pessoas tivessem mais segurança para descer até o poço”, disse.
De acordo com o morador, a água é pura, nasce embaixo de um eucalipto. Ele afirma que o lugar é bonito, por isso realizam batismo e o ritual da purificação. “Já batizamos 10 pessoas aqui, inclusive meus três netos foram batizados no local, o rabino veio de São Paulo e batizou eles, eu já perdi as contas de quantos banho ritual já aconteceram no poço”, detalha.
Para ele, o espaço tem grande importância.
Wilson fez questão de ressaltar a importância de preservar o meio ambiente, por ele, e por todos que são da mesma religião, que utilizam o banho de purificação. “Os rabinos da sinagoga que pertenço vieram até Apucarana e consagraram o lugar. Inclusive já foi feito análise da água que mostrou que a água é própria para beber. As pessoas podem vir conhecer o lugar que deve ficar ainda mais bonito, ano que vem, quando vamos instalar luminárias e terá um parque de musculação, o lugar é lindo e cheiroso, de manhã os eucaliptos deixam o ar ainda mais puro, essa coisa linda que o eterno Deus concedeu na porta de casa", finaliza.“No novo testamento, o poço de Jacó simboliza uma água de purificação, o poço de Jacó nasce da onde as pessoas menos esperam. O primeiro poço nasceu no deserto, quem abriu foi Abraão, depois passou para Isaac que passou para Jacó, e as nossas 12 tribos se banharam e beberam água dali do poço de Jacó que quer dizer eternamente. Uma água purificadora, que somente o eterno pode secar essa água, você pode perceber que mesmo com o calor a seca essa água não para de minar debaixo daquele eucalipto”
- Wilson Rubens Alves, mecânico
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Jesus e a Samaritana à beira do Poço de Jacó – JOÃO 4,5-42
Jesus chegou a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, perto do terreno que Jacó tinha dado ao seu filho José. Era aí que ficava o poço de Jacó. Cansado da viagem, Jesus sentou-se junto ao poço. Era por volta do meio-dia. Chegou uma mulher da Samaria para tirar água, Jesus lhe disse: “Dá-me de beber”. Os discípulos tinham ido à cidade para comprar alimentos. A mulher samaritana disse então a Jesus: “Como é que tu, sendo judeu, pedes de beber a mim, que sou uma mulher samaritana?” De fato, os judeus não se dão com os samaritanos. Respondeu-lhe Jesus: “Se tu conhecesses o dom de Deus e quem é que te pede: ‘Dá-me de beber’, tu mesma pedirias a ele, e ele te daria água viva”. A mulher disse a Jesus. “Senhor, nem sequer tens balde e o poço é fundo. De onde vais tirar a água viva? Por acaso, és maior que nosso pai Jacó, que nos deu o poço e que dele bebeu, como também seus filhos e seus animais?” Respondeu-lhe Jesus: “Todo aquele que bebe desta água terá sede de novo. Mas quem beber da água que eu lhe darei, esse nunca mais terá sede. E a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água que jorra para a vida eterna”. A mulher disse a Jesus: “Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede e nem tenha que vir aqui para tirá-la”. Disse-lhe Jesus: “Vai chamar teu marido e volta aqui”. A mulher respondeu: “Eu não tenho marido”. Jesus disse: “Disseste bem, que não tens marido, pois tiveste cinco maridos, e o que tens agora não é teu marido. Nisso falaste a verdade”. A mulher disse a Jesus: “Senhor, vejo que és um profeta! Os nossos pais adoraram neste monte mas vós dizeis que em Jerusalém é que se deve adorar”. Disse-lhe Jesus: “Acredita-me, mulher: está chegando a hora em que nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não conheceis. Nós adoramos o que conhecemos, pois a salvação vem dos judeus. Mas está chegando a hora, e é agora, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade. De fato, estes são os adoradores que o Pai procura. Deus é espírito e aqueles que o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade”. A mulher disse a Jesus: “Sei que o Messias (que se chama Cristo) vai chegar. Quando ele vier, vai nos fazer conhecer todas as coisas”. Disse-lhe Jesus: “Sou eu, que estou falando contigo”. Nesse momento chegaram os discípulos e ficaram admirados de ver Jesus falando com a mulher. Mas ninguém perguntou: “Que desejas?” ou: “Por que falas com ela?” Então a mulher deixou o seu cântaro e foi à cidade, dizendo ao povo: “Vinde ver um homem que me disse tudo o que eu fiz. Será que ele não é o Cristo?” O povo saiu da cidade e foi ao encontro de Jesus. Enquanto isso, os discípulos insistiam com Jesus, dizendo: “Mestre, come”. Jesus, porém disse-lhes: “Eu tenho um alimento para comer que vós não conheceis”. Os discípulos comentavam entre si: “Será que alguém trouxe alguma coisa para ele comer?” Disse-lhes Jesus: “O meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra. Não dizeis vós: ‘Ainda quatro meses, e aí vem a colheita! Pois eu vos digo: Levantai os olhos e vede os campos: eles estão dourados para a colheita! O ceifeiro já está recebendo o salário, e recolhe fruto para a vida eterna. Assim, o que semeia se alegra junto com o que colhe. Pois é verdade o provérbio que diz: ‘Um é o que semeia e outro o que colhe’. Eu vos enviei para colher aquilo que não trabalhastes. Outros trabalharam e vós entrastes no trabalho deles”. Muitos samaritanos daquela cidade abraçaram a fé em Jesus, por causa da palavra da mulher que testemunhava: “Ele me disse tudo o que eu fiz”. Por isso os samaritanos vieram ao encontro de Jesus e pediram que permanecesse com eles. Jesus permaneceu aí dois dias. E muitos outros creram por causa da sua palavra. E disseram à mulher: “Já não cremos por causa das tuas palavras, pois nós mesmos ouvimos e sabemos, que este é verdadeiramente o salvador do mundo”.
Por, Lis Kato