O Brasil estreia na Copa do Mundo de futebol feminino na próxima segunda-feira (24), quando encara o Panamá a partir das 8 horas (horário brasileiro). Ao contrário da competição masculina, os trabalhadores das empresas e do comércio de Apucarana, no Norte do Paraná, não serão liberados para assistir aos jogos da equipe da craque Marta e companhia.
-LEIA MAIS: Com passagem de bastão, Marta lidera geração em última Copa do Mundo
A competição começa oficialmente nesta quinta-feira (20) e está sendo disputada na Austrália e na Nova Zelândia. Das três partidas da Seleção Brasileira na primeira fase, duas caem em dias de semana e em horários que coincidem com o início do expediente da maior parte dos brasileiros.
Depois da estreia, o Brasil joga dia 29 (sábado), às 7 horas, contra a França; e no dia 2 de agosto (quarta-feira) contra a Jamaica, também às 7 horas.
Presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Apucarana (Sivana), Aída Assunção afirma que não há discussões para mudanças nos horários. Primeiro, porque a maioria dos jogos começa às 7 horas e as lojas abrem às 9 horas. Segundo, porque o futebol feminino ainda não tem tanta tradição quanto o masculino.
No entanto, Aída não descarta mudanças no futuro. “Talvez em próximas competições isso (mudança de horários na Copa feminina) também possa acontecer”, afirma.
A reportagem também buscou informações junto ao Sindicato das Indústrias do Vestuário de Apucarana e Vale do Ivaí (Sivale) e Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Arapongas (Sticma), que concentram as principais empresas empregadoras dos dois municípios, e também não há nenhuma movimentação nesse sentido.
Presidente do Sivale, Elizabete Ardigo afirma que não houve procura dos empresários e tampouco dos próprios colaboradores. Ela afirma que é uma questão cultural de valorização maior do futebol masculino.
FUNCIONALISMO FEDERAL
O governo federal publicou uma portaria autorizando que servidores públicos mudem o horário do expediente para acompanhar os jogos da seleção feminina na Copa da Austrália e Nova Zelândia.
A medida já havia sido anunciada pela ministra do Esporte, Ana Moser, e foi oficializada nesta terça-feira (18) por uma portaria assinada pela ministra Esther Dweck, da Gestão e Inovação em Serviços Públicos.
A medida é facultativa, sendo similar à que as repartições públicas adotam em jogos da seleção masculina de futebol. A portaria em questão vale apenas para os agentes públicos da esfera federal.