Os moradores do Residencial Fariz Gebrim, localizado em Apucarana, pedem ajuda para a construção de um muro de arrimo, após um barranco começar a ceder em uma das ruas do bairro. Os moradores alegam que a situação gera insegurança para cerca de 18 famílias que vivem na quadra 17 do bairro. Veja o vídeo abaixo.
Mablo Rodrigues da Silva, de 22 anos, mora há um mês e meio na Rua Delegado Idelberto Lagana e contou que a situação está preocupando a todos. Ele teme que a erosão cause um acidente. “As casas da quadra 17 são mais altas que a rua e o barranco está cedendo. Está correndo o risco da casa trincar ou acontecer algo pior, a casa pode descer. A terra está fofa, eles construíram essas casas em cima de um barranco", alega.
Mablo explicou que já tentou conversar com a construtora responsável pelas casas do residencial. "Eu fui conversar com o engenheiro da construtora responsável pela obra, e ele me disse para procurar meus direitos, que a casa não iria ceder. Mas um outro profissional da área, que não trabalha na construtora, disse que existe risco. Então vou procurar um advogado e quero reunir os moradores da quadra 17 e fazer um abaixo assinado, quero que o engenheiro assine o papel dando garantia que não vai acontecer nada com as casas. Isso pode não acontecer agora, mas existe um risco de acontecer no futuro. Queremos ajuda, queremos segurança, só isso”, comenta o morador.
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Caroline Ferreira Ribeiro de França, de 29 anos, é outra moradora que está com medo. A terra que fica aos fundos da casa dela cedeu e um grande barranco se formou. Mãe de quatro crianças pequenas, com idades de 10, 6, 3 anos e uma bebê ainda de colo, ela se sente insegura. “A terra está cedendo e a minha casa parece ser a mais prejudicada, o barranco está chegando na calçada, já perto de casa, não tem como eu deixar meus filhos brincarem ali do lado, tenho medo do meu menino de 3 anos vir correndo e cair aqui embaixo. Esses dias eu vim estender roupa ali em cima e eu quase cai, imagina se me dá uma tontura eu estendendo roupas vou cair de costas aqui”, alerta.
A moradora reforça que eles precisam de ajuda para resolver o problema e para construir o muro de arrimo, que de acordo com ela é muito caro.
“Eu quero saber como eles vão ajudar a gente? se continuar assim vai comprometer a estrutura da minha casa. Eu não quero que façam o muro inteiro, queria pelo menos o muro de arrimo que é muito caro, pois essas casas são feitas para gente de baixa renda, como que a gente vai fazer o muro de arrimo? Que fica caro? Se eles fizerem o arrimo, a gente dá um jeito e ergue o resto, a gente só não quer perder o que demoramos anos para ganhar, queremos segurança para nós”, finaliza a dona de casa.
O residencial Fariz Gebrim foi construído com recursos do Governo Federal, pelo extinto programa Minha Casa, Minha Vida e após vários problemas, atrasos e troca de construtora, foi finalizado pela Construtora Expansão, de Maringá. As casas foram entregues às famílias selecionadas no início de setembro. A reportagem entrou em contato telefônico com a construtora e aguarda retorno.