Colégios cívico-militares melhoram frequência, aprendizado e segurança

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 13/11/2023
Apucarana conta atualmente com quatro colégios cívico-militares

Apucarana conta atualmente com quatro colégios cívico-militares e a experiência vem apresentando diversos resultados positivos. Os números da iniciativa, que está no terceiro ano de implantação, mostram ganhos na frequência escolar, no aprendizado, na segurança no âmbito da comunidade escolar e nos investimentos feitos na estrutura física das escolas. O modelo de ensino é aprovado por pais e gera, inclusive, uma lista de espera por novas vagas.

Três colégios implantaram o modelo a partir de 2021, através do programa instituído pelo governador Ratinho Junior, e outro em 2022 através de iniciativa do governo federal. Trata-se dos colégios cívico-militares Tadashi Enomoto, localizado no Núcleo Habitacional Afonso Alves de Camargo, Prefeito Carlos Massaretto, na Vila Nova, Padre José Canale, no Jardim Ponta Grossa, e Heitor Cavalcanti de Alencar Furtado, no Núcleo João Paulo.

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O prefeito Junior da Femac destaca que a iniciativa, que tem o apoio da Autarquia Municipal de Educação (AME), vem apresentando bons resultados. “Essa é mais uma experiência exitosa que acontece em Apucarana, que recebeu recentemente o selo internacional de cidade educadora. Os números apresentam evolução em vários aspectos, o ensino tem a aprovação dos pais e gera, inclusive, uma grande lista de espera”, frisa Junior da Femac.

O prefeito observa ainda que os colégios cívico-militares representam uma continuidade na qualidade do ensino para os estudantes que saem da educação integral, ofertado pelas escolas municipais. “Quando os colégios cívico-militares foram implantados, eles receberam os alunos da nossa educação que tiveram a oportunidade de dar continuidade neste ritmo de aprendizado”, reforça Junior da Femac.

FREQUÊNCIA ESCOLAR – De acordo com Vladimir Barbosa, chefe do Núcleo Regional de Educação (NRE), a frequência escolar média no ensino tradicional fica entre 80% e 82%. “Já nas escolas cívico-militares, esse percentual fica em mais de 90%”, informa.

No “Padre José Canale”, que tem 546 alunos, a frequência escolar é de 92,53%; no “Tadashi Enomoto”, com 378 estudantes, a freqüência é de 91,6%;  no Colégio Prefeito Carlos Massaretto, com 449 alunos, a freqüência é de 91,6%; , e   no “Heitor Cavalcanti de Alencar Furtado”, com 536 estudantes, é de 85,51%.

INVESTIMENTOS – O chefe do NRE também destaca os investimentos feitos pelo governo do Estado na estrutura das escolas. “Somente no Massareto, foram construídas mais nove salas de aula. O Canale recebeu R$ 400 mil para reformas, o Tadashi R$ 300 mil e o Heitor Furtado R$ 200 mil”, cita Barbosa.

O chefe do NRE também salienta os ganhos na segurança da comunidade escolar, registrando menos intervenções da patrulha escolar. “Os colégios contam com a presença de militares da reserva dentro das instituições, aumentando a segurança da comunidade escolar. Além disso, os estudantes recebem noções de disciplina, estão sempre uniformizados, participam diariamente de uma formatura que conta com Hino Nacional e do Paraná”, pontua.

Nos colégios cívico-militares, os estudantes também têm mais aulas do que no modelo tradicional. “São seis aulas por dia, ou seja, invés das 25 aulas semanais dos outros colégios são 30 aulas por semana nos colégios cívico-militares”, completa Barbosa, acrescentando que para atender o maior número de estudantes possível foram criadas turmas nos períodos da manhã e da tarde.

Diretores escolares avaliam o modelo cívico-militar

O diretor do Colégio Estadual Cívico-Militar Padre José Canale, no Jardim Ponta Grossa, professor Robson Antônio Desidera, assinala que o modelo cívico-militar tem como principais características a disciplina e organização no ambiente escolar. Ele conta que sempre foi um defensor do modelo e participou diretamente da implantação nos colégios do núcleo regional de Apucarana. “Este sistema tem garantido um ambiente escolar mais tranquilo para que o professor exerça a sua missão. Com maior disciplina e organização, verificamos o retorno do respeito mútuo e isso é essencial para o desenvolvimento do trabalho pedagógico”, diz professor Robson.

Ele avalia que o Governo Ratinho Júnior está na vanguarda nacional ao desenvolver um modelo de ensino que também promove o protagonismo juvenil e formação de lideranças. “E é isso que sempre digo aos alunos, dentro de 10 ou mais tardar 20 anos, serão eles que estarão nos postos de tomada de decisão e para isso precisam de uma base, de uma formação sólida e integral”, acentua o gestor.

A diretora do Colégio Estadual Cívico-Militar Tadashi Enomoto, no Núcleo Habitacional Afonso Alves de Camargo, professora Daniele Cristina Hegeto de Freitas Violin, lembra que modelo teve início em meio à pandemia e, nos cerca de 2,5 anos onde o ensino tem sido presencial, o balanço de resultados é muito positivo. “Ainda é um modelo em adaptação, tanto por parte dos educadores e demais funcionários, como por parte dos alunos, pais e comunidade escolar, mas os pontos positivos realmente são muitos. Além de uma maior carga horária de aulas, o modelo de regras e disciplina contribui para o estabelecimento de rotinas importantes que favorecem o ganho pedagógico”, relata a diretora, frisando que a partir do novo modelo a instituição registrou ganho expressivo na assiduidade e frequência dos alunos, além de aumento da nota do IDEB.

Nesta semana, a Secretaria de Estado da Educação (SEED-PR) lançou o edital referente à consulta pública que determinará a adesão de escolas estaduais de ensino regular ao modelo cívico-militar, para o ano letivo de 2024. São 127 escolas, listadas no edital (6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio), para decidir sobre a adesão, abrangendo aproximadamente 80 mil alunos da rede estadual. Do total, 27 estão localizadas em Curitiba e as demais distribuídas em diversas outras cidades do Estado. Atualmente são 194 colégios funcionando nesta modalidade no Paraná.