Os casos de covid-19 em Apucarana dispararam em dezembro. De acordo com informações extraídas dos boletins da Autarquia Municipal de Saúde (AMS), 1.525 pessoas testaram positivo para a doença no último mês de 2022, número sete vezes maior do que os 213 casos registrados em novembro, um aumento de 615%.
Dezembro também superou o mês anterior com o registro de quatro mortes. O crescimento importante, segundo a AMS, é reflexo das festas de fim de ano e da falta da dose de reforço da vacina. A expectativa é que o índice volte a cair em janeiro, que até ontem, contabilizava 68 confirmações da doença. No total, Apucarana soma 40.353 casos positivados e 563 óbitos desde o início da pandemia.
Conforme o coordenador do Departamento de Vigilância Epidemiológica, Luciano Simplício Sobrinho, o vírus da covid tem apresentado variações na quantidade de casos, passando por períodos de baixa e de alta. E mesmo nos períodos com aumento significativo de ocorrências, ele afirma que a maior parte não apresentou gravidade. Como exemplo ele cita o surto de coronavírus no Lar São Vicente de Paulo, em 14 de dezembro, com 49 internos e 9 trabalhadores positivados, e nenhum caso evoluiu com gravidade.
Um dos grandes obstáculos no enfrentamento da doença continua sendo a imunização da população. A baixa procura preocupa autoridades que orientam o uso de máscara para pessoas com comorbidades. “As pessoas que fazem parte do grupo de risco devem continuar usando máscara ao frequentar estabelecimentos ou órgãos públicos com aglomeração de pessoas. E quem não terminou o esquema de vacinação precisa dar continuidade, isso é muito importante”, assinala.
Dados do vacinômetro disponibilizado no site do município apontam que até 122.516 pessoas com idade acima de 5 anos foram imunizadas com a 1ª dose ou dose única da vacina, 112.124 pessoas vacinadas com a 2ª dose ou dose única e 95.368 com a dose de reforço e dose adicional. Já o vacinômetro do Ministério da Saúde revela que apenas 30.121 pessoas tomaram a 2ª dose de reforço, também conhecida como quarta dose.
Por Cindy Santos