O canil da Polícia Militar do 10º Batalhão, que inclui Apucarana e mais 11 cidades, está fazendo aniversário de 10 anos de atuação em 2025. Atualmente, a entidade conta com sete cães, seis deles da raça Pastor Belga de Malinois e um filhote da raça Labrador Retriever.
Segundo o comandante do canil, capitão Thiago Federovicz (38), a história do órgão começou ainda em 2014, quando o Conselho Estadual de Segurança (Conseg) entrou em contato com o 10º Batalhão da Polícia Militar (BPM) para a implementação de um canil. “Nós realizamos um curso de duas semanas na cidade de Arapongas, no qual nós aprendemos como funciona o canil em si e como adestrar um cão para os serviços”, explica ele. E assim, em 15 de fevereiro de 2015, nasceu, oficialmente, o canil do 10º BPM.
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Atuação
As principais áreas de atuação do canil são em ocorrências relacionadas ao tráfico de drogas e armas e também em ações de radiopatrulhamento, que buscam promover a segurança da equipe e da população em abordagens, festas, feiras e demais eventos realizados na região. “O cão é muito importante para nós na questão do faro, que é 500 vezes mais potente que o nosso, por isso ele consegue encontrar odores que o ser humano não consegue sentir”, acrescenta Thiago. Para se ter uma ideia, somente este ano, com o auxílio destes animais, vários apreensões e prisões já foram realizadas. Em uma dessas ocorrências, mais de 250 quilos de maconha foram encontrados.
Nos últimos anos, outra função foi acrescentada à “lista de trabalho” dos cães do 10º BPM: busca e rastreio de pessoas perdidas ou escondidas em áreas de matas. “Então, hoje, a gente consegue ter, em um cão, três serviços diferentes”, comenta o capitão.
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Treinamento
O treinamento com os cães começa bem cedinho, com cerca de 45 dias. De acordo com Thiago, o ideal é que sejam animais ativos, com o instinto de caça aflorada. “É importante ressaltar que nenhum cão nosso é viciado na droga. A gente treina baseado na psicologia, onde o cão ao indicar o cheiro que a gente quer, que é o da droga, ele ganha uma recompensa, que é a bolinha, o brinquedo dele”, esclarece ele.
Além disso, o capitão também ressalta que nenhum cão sofre agressões físicas. “Nós temos uma relação muito próxima, de afeto e de carinho com eles”, afirma.