O Dia Mundial do Café foi comemorado nesta quarta-feira (14) e lembrado por cafeicultores, agrônomos e o prefeito Junior da Femac, que é um entusiasta da cultura no Município, por ter sido a responsável direta pela vinda dos pioneiros e pela estruturação econômica de Apucarana e todo o Norte do Paraná.
A data homenageia uma das bebidas mais adoradas do mundo: o café! Seja ele pingado, cappuchino, americano ou expresso, o café é uma paixão mundial. E, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC), o produto é consumido por 9 entre 10 brasileiros com mais de 15 anos. Atualmente, o Brasil é considerado o maior produtor e exportador de café do mundo, seguido do Vietnã e da Colômbia.
Conforme pontua Junior da Femac, a cultura teve uma pequena redução na área cultivada nos últimos anos, em função da geada de 2013. Contudo ele destaca que os produtores locais estão investindo e apostando na mecanização para reduzir custos e na produção de cafés especiais, visando conquistar novos mercados.
“Apucarana agradece e aplaude a dedicação e o empenho dos nossos cafeicultores, que seguem investindo e modernizando os processos produtivos, para obter maior rentabilidade na cultura”, comentou o prefeito, assinalando que a Secretaria municipal de Agricultura vem dando todo o apoio nesta área com a formação de mudas de qualidade e disponibilização de equipamentos.
De acordo com Paulo Franzini, secretário-executivo da Câmara Setorial do Café do Paraná, Apucarana possui uma das melhores condições de clima e de solo para a produção no estado do Paraná. “Mas somente isso não basta. Um dos diferenciais está no cuidado dos produtores, especialmente no pós-colheita e, cada vez mais, os produtores estão priorizando a qualidade dentro do processo de produção”, avalia Franzini.
Novas tecnologias ganham espaço
De acordo com ele, as condições climáticas aliada à inserção de novas tecnologias e a busca da qualidade vêm garantindo boas colocações para os produtores de Apucarana no Concurso Café Qualidade Paraná. “Produtores de Apucarana já venceram o concurso e na última edição uma produtora de Apucarana (Solange Aparecida Araújo) ficou com o 4o lugar”, frisa, acrescentando que as mulheres estão também assumindo o protagonismo na cultura.
Ao investir em tecnologia e em qualidade, os produtores estão de olho no retorno do investimento. “Eles enxergam que isso é um ganho e não despesa. Uma saca de baixa qualidade está cotada a R$ 400, enquanto a de média qualidade a R$ 600 e uma de excelente qualidade é vendida acima de R$ 800”, compara.
Franzini afirma que os produtores devem buscar equilibrar a propriedade. “Uma meta possível de ser alcançada é produzir 20% de cafés especiais e outros 50% de média qualidade”, orienta, informando que em Apucarana existem pouco mais de 300 propriedades que se dedicam à cultura, abrangendo uma área cerca de 1.600 hectares.
“Algumas iniciativas do Poder Público estão contribuindo com a renovação dos cafezais, com a disponibilização de variedades mais produtivas e resistentes, além de facilitar o acesso a novas tecnologias”, frisa Franzini, citando como exemplos a viabilização de uma máquina plantadeira pela Prefeitura de Apucarana e de uma colhedora de café pelo governo do Estado. De acordo com dados da Câmara Setorial do Café do Paraná, 55% do custo de produção desta cultura está relacionado com a mão de obra.
O produtor Mauro Machado, que é vice-presidente da Associação dos Cafeicultores do Distrito de Pirapó, afirma que com a mecanização esse custo cai um terço. “Sem contar a rapidez da colheita. Tenho uma área três hectares de café e levaria, contratando quatro pessoas, cerca de três meses para fazer a colheita. Com colhedora de café, esse tempo cai para 15 dias”, ressalta, afirmando que os produtores já podem entrar em contato com a associação para fazer o agendamento da máquina para o período de colheita.