O gás de cozinha está mais caro. Somente no mês de setembro, que ainda nem terminou, foram dois reajustes que impactaram no preço do botijão de 13 quilos, que teve uma alta média de 7%, elevando em R$ 5 o preço da unidade em Apucarana. Segundo as revendas, um novo reajuste deve ser oficializado pela Petrobras ainda neste mês.
Em média, o gás está sendo vendido a R$ 75 – valor para retirada no local – e R$ 80, no caso de entrega em domicílio. Neste mês, data base dos trabalhadores do setor, foram dois aumentos relacionados ao reajuste salarial e a readequação dos preços pela Petrobras por conta da alta do dólar. Ivo Guerra trabalha no ramo há 20 anos, e se vê assustado com os reajustes. Segundo ele, em agosto também foram dois reajustes.
“O Governo disse que não iria subir produtos essenciais, mas estamos sofrendo. Somente este ano já foram sete aumentos, e deve vir mais no final desse mês. Por sorte eu não dependo exclusivamente mais da venda do gás, se não eu passava fome”, disse. Segundo ele, a alta acumulada é maior, mas ele repassou, até agora, R$ 5.Há dois anos trabalhando no ramo, Beatriz de Oliveira dos Santos também reajustou o produto em R$ 5. “É aumento de subsídio que tem em todo ano em setembro, reajuste da Petrobras, mês retrasado foram três altas, esse mês dois. Isso não deveria acontecer, ainda mais nesse tempo de pandemia”, comenta.
Marcio Cois de Oliveira está no negócio há um ano e meio e, para não perder clientes, afirma que vem trabalhando no vermelho. “É até difícil de falar sobre os aumentos. A justificativa é para a manutenção das empresas, veículos, alta do dólar, reajuste de salários, e nós comerciantes que vamos pagando, sofrendo por isso. Estou trabalhando no vermelho”, detalha.
O empresário lembra que já chegou a vender o gás pelo valor de R$65. “Eu subi para R$68, depois R$70, agora R$ 75. Torço para que o mercado se acalme, por que realmente está difícil. Para ter um retorno, comecei a investir em mais produtos na loja para atrair clientes”, finaliza.