A cidade de Apucarana pode voltar a ter um time disputando a Série Ouro do Campeonato Paranaense depois de 25 anos. O último ano foi em 1999, quando o município era representado na elite da estadual pelo Apucarana Nortox. Nesta quarta-feira (22), o Apucarana Futsal tenta mais uma vez, nas semifinais da Série Prata, o acesso.
Mas a missão não é tão fácil. Para garantir uma vaga na primeira divisão, e avançar à final do torneio, é preciso vencer fora de casa a partida de volta contra o Mariópolis, em jogo realizado no Ginásio Élio Gehlen, às 20h15. No confronto da ida, disputado no ginásio do Lagoão, no último dia 4, as equipes empataram em 2 a 2.
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Essa é a terceira oportunidade em que o Apucarana Futsal fica a um jogo de subir de divisão. O time bateu na trave em 2021, quando foi desclassificado pelo CAD/Guarapuava, e em 2022, derrotado na prorrogação para Mangueirinha Esporte Clube (MEC). Caso a equipe apucaranense avance à decisão, enfrentará o Coronel Futsal, que eliminou o Santa Helena.
O time precisa ganhar o jogo em tempo normal. Se empatar, a partida vai para a prorrogação e o Apucarana será obrigado a vencer. A fase não vai aos pênaltis.
A equipe poderá ter dois desfalques. Bebê e Leandro Rezala se machucaram na partida de ida e devem ficar de fora do jogo desta quarta-feira. O Pica-Pau, recuperado de lesão, é novidade e deve estar à disposição do treinador Luiz Henrique.
Seis anos na elite
Último representante na Série Ouro, o Apucarana Nortox (último nome da equipe) disputou a elite do futsal paranaense entre 1994 e 1999. Um dos líderes daquela equipe foi o ex-goleiro e atual diretor do Apucarana Futsal, Júlio Tamura. Ele relembra que o time, uma referência no Vale do Ivaí e acostumado a vencer torneios regionais, fez história no Paranaense.
“Nosso time era um timaço, a maioria era de Apucarana, mas tinha de Arapongas, do estado de São Paulo e de outros também. A gente teve o apoio da Nortox e de outros empresários, era um grupo muito forte, um dos melhores que joguei”, disse o ex-jogador, que defendeu Apucarana desde 87, em categorias de base, e subiu com 17 anos para o time principal.
Tarmura, que parou em 2010, quando atuou pelo Apucarana/Tribuna do Norte/Cafeeira Ouro Verde, fez parte do time apucaranense que mais foi longe no Paranaense, composto pelo treinador Guto Reeberg e os atletas Suplano, Zezé, Fábio Almeida, Vandão, Fábio Mantovani, Vinicius, Jean, Edu, Giva, entre outros. Os jogos eram realizados no Ginásio de Esportes Anis Abujanra do Clube 28 de Janeiro.
Pelo Campeonato Paranaense de Clubes do Interior, em 1994, o chamado Apucarana Atlético Clube – mesmo nome do time de futebol da cidade – ficou em quinto lugar. Outro grande ano foi em 1997, quando o Apucarana foi o sexto colocado da Série Ouro, caindo apenas na terceira fase.
Os ex-arqueiro conta que o time de 97 fez história não apenas pela posição final, mas por grandes jogos, como a vitória contra o Foz do Iguaçu, considerada a melhor equipe da época. “Um jogo muito marcante foi contra o Foz porque era um time imbatível, se não me engano foi campeão nesse ano. Fazia 25 partidas que eles não perdiam e ganhamos deles por 3 a 1”, disse Tamura.
Por Vitor Flores