Apucarana lidera geração de empregos na região

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 27/05/2021
Apucarana lidera geração de empregos na região

De acordo com o relatório divulgado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) na quarta-feira (26), mais de 3,3 mil vagas de emprego com carteira assinada foram criadas no primeiro quadrimestre deste ano, nos cinco maiores municípios da região.

Os municípios também tiveram um desempenho melhor em abril deste ano, com a geração de 732 vagas de emprego, sendo que 44,67% (327) são do comércio e 39,6% (290) da indústria. Em abril do ano passado, os municípios fecharam com saldo negativo de 2.302 vagas. 

O saldo demonstra a reação positiva em comparação ao mesmo período de 2020 quando Apucarana, Arapongas, Ivaiporã, Jandaia do Sul e Faxinal perderam 1.437 postos formais de trabalho.

Apucarana liderou a geração de empregos na região pelo quarto mês consecutivo. No acumulado do quadrimestre, o município somou 1.733 vagas geradas.

Conforme o balanço do Caged, foram consolidados 350 postos de trabalho em abril, a maior parte no comércio varejista que firmou 201 contratações, o que corresponde a 74% do total de empregos na maior cidade da região. Em abril do ano passado, Apucarana perdeu 865 colocações no mercado de trabalho em abril. 

Arapongas somou 988 empregos no quadrimestre  deste ano, sendo 102 vagas no mês de abril. Novamente, o comércio foi o setor que mais contratou no município, com um saldo de 99 admissões, o que representa 97% do total de empregos com carteira assinada. Ano passado o município fechou abril com saldo negativo de 1.332. 

Jandaia do Sul criou 247 postos de trabalho no mês de abril, 88,6% na área industrial, e fechou quadrimestre com saldo de 342 empregos. Já Ivaiporã gerou 25 novas vagas de trabalho no mês passado, a maior parte no comércio varejista e no setor de reparação de veículos. Ano passado a cidade perdeu 169 colocações formais. E Faxinal criou 8 postos de trabalho em abril, a maior parte no comércio. Ano passado o município encerrou o mês com saldo negativo, com 24 admissões e 43 desligamentos no mesmo período.

Reação do comércio é positiva, afirma economista

Para o economista Marcelo Vargas, professor do campus de Apucarana da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), as contratações registradas neste ano representam um momento de reação, principalmente do comércio, que passou a utilizar as ferramentas tecnológicas com o objetivo de aumentar as vendas e, consequentemente, manter postos formais de emprego. O economista destaca o comércio como o grande responsável pela geração de empregos na região, sobretudo, com as vendas online que ajudaram a impulsionar os negócios durante a pandemia, aproveitando um momento em que a população passou a consumir mais produtos pela internet. 

“Ano passado houve uma situação de lockdowwn. Muitas empresas ficaram fechadas um período e, mesmo com auxílio do governo, não conseguiram se manter e tiveram que dispensar funcionários, por isso o abril de 2020 fechou com números negativos. Este ano passamos a conviver com a pandemia, sendo obrigados a encontrar alternativas. Antes da pandemia, as vendas online aconteciam a passos de tartaruga. Agora as empresas entendem esse novo jeito de consumo e ganharam força com o e-commerce”, analisa. 

O economista destaca que a projeção do crescimento de 3,2% no PIB do Brasil em 2021 também é reflexo da retomada nas contratações. 

PARANÁO

Estado fechou o primeiro quadrimestre de 2021 com um saldo de 87.804 novos postos de trabalho com carteira assinada, quarto estado que mais  gerou empregos no País. O Estado mantém em abril o bom desempenho apresentado ao longo deste ano, com a criação de 10.019 vagas no mês passado, ocupando a quinta posição no País. É uma diferença grande com abril de 2020. Pouco mais de um mês após o início da pandemia de Covid-19, que trouxe uma série de restrições às atividades econômicas, o Estado perdeu naquele mês 61.351 vagas de empregos.