O Dia Nacional do Surdo é celebrado anualmente em 26 de setembro. Em Apucarana, oito alunos surdos ou com implantes cocleares encontram-se matriculados na rede municipal de ensino. Para garantir a inclusão deles nos centros infantis (CMEIs) e escolas, a Autarquia Municipal de Educação disponibiliza intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras) em sala de aula e mantém uma Sala de Recursos Multifuncionais-Surdez junto à Escola Municipal João Antônio Braga Côrtes.
“Todas as crianças têm direito à educação com padrão de qualidade e nós buscamos atender a cada uma dentro das suas particularidades. Em anos letivos normais, os alunos surdos têm o acompanhamento de intérpretes nas classes regulares e frequentam a Sala de Recursos Multifuncionais-Surdez no contraturno, onde assistem a aulas de língua portuguesa e Libras. Já neste ano atípico, em que as atividades presenciais nas escolas estão suspensas devido à pandemia de coronavírus, nós tivemos o cuidado de assegurar que todas as vídeo-aulas disponibilizadas aos estudantes tivessem a tradução para a Língua Brasileira de Sinais,” detalhou a secretária municipal de educação, Marli Fernandes.
A coordenadora do Centro de Apoio Multiprofissional ao Escolar (CAME), departamento da Autarquia Municipal de Educação, Léia Sofia Viale, acrescenta que a formação continuada dos docentes é outra preocupação constante. “Por meio de uma parceria firmada com o Polo da UAB e a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), nós oferecemos um curso básico e intermediário aos professores da rede municipal que desejam aprender a Língua Brasileira de Sinais. Nas aulas à distância, os participantes estudam os fundamentos e legislação, o alfabeto manual, a datilologia, a expressão corporal e facial, e a gramática da língua de sinais,” afirmou. O Curso Básico e Intermediário de Libras tem três turmas em andamento, com 55 professores da rede municipal matriculados.
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A secretária Marli Fernandes destaca os esforços que o município tem feito para a construção de educação inclusiva. “Além dos surdos, nós temos alunos com baixa visão, deficiência intelectual, transtornos de aprendizagem, cadeirantes, autistas e outros matriculados na rede municipal de ensino. As principais ações da Autarquia Municipal de Educação para assegurar que eles consigam desenvolver plenamente o seu potencial são a adaptação curricular, a formação continuada de professores e a reforma das unidades de ensino. Por meio do CAME, os alunos com necessidade especiais recebem o acompanhamento de psicólogos, psicopedagogos, fonoaudiólogos e professores da Língua Brasileira de Sinais e do Sistema Braille. Desde 2013, mais de 50 prédios escolares da rede também passaram por obras, que incluíram a colocação de pisos táteis, construção de rampas e banheiros acessíveis,” disse.