APP-Sindicato repudia ofensa de militar a presidente da associação

Autor: Da Redação,
sábado, 03/02/2024
A situação ocorreu nessa sexta-feira (2) em Apucarana

A presidente da APP-Sindicato Apucarana, Isabel Azevedo, foi ofendida por um sargento da reserva que atua em um colégio cívico-militar da cidade nessa sexta-feira (2). Por conta disso, a associação decidiu publicar uma nota de repúdio em seu perfil do Instagram, lamentando a atitude tomada pelo militar. (Entenda abaixo)

A APP-Sindicato visitou escolas da rede estadual de ensino nessa sexta-feira para acompanhar a semana pedagógica. Isabel, que estava acompanhada pelo dirigente responsável pela pasta jurídica, José Antônio Almeida, compareceu ao Colégio Estadual Cívico-Militar Polivalente Carlos Domingos Silva, situado no Jardim Paulista.

Na instituição de ensino, os representantes da associação pediram para realizar um discurso e obtiveram a aprovação da direção da escola e das pedagogas. Segundo a nota de repúdio, a presidente apresentou as pautas do sindicato e falou sobre a militarização das escolas. 

"A presidente Isabel fez a abertura da fala, saudando a todos e apresentando as pautas atuais do sindicato, entre elas, os problemas causados pela atual militarização das escolas. Isabel explicou primeiramente que não tinha nada contra os trabalhadores militares, que inclusive é casada com um militar", diz um trecho da publicação.

Ainda em sua fala, a representante da associação destacou que os professores perdem a autonomia com a militarização e que a categoria sofre graves problemas com as aulas extraordinárias.

De acordo com a publicação, antes de Isabel terminar o discurso, um militar designado para trabalhar no colégio pediu para falar, rebatendo a presidente da APP-Sindicato. Ele alegou que a mulher não entendia sobre militarização e que tinha um conhecimento muito raso a respeito do assunto. 

Isabel, em um primeiro momento, decidiu não responder para evitar uma intriga. Inclusive, o diretor do estabelecimento de ensino decidiu intervir para amenizar a situação.

O responsável pela pasta jurídica, José Antônio Almeida, respondeu às ofensas do sargento da reserva, explicando que a forma como tratou Isabel foi grosseira. A presidente da APP-Sindicato aproveitou a defesa do colega para se manifestar. 

Ela disse ao militar que ele foi "grosseiro" e ainda explicou que foi ao local para defender a luta da categoria. Neste momento, o homem a chamou de "acéfala" e saiu do ambiente. 

"A APP-Sindicato repudia veementemente esta atitude tomada por um profissional militar dentro de uma escola. Afinal, além de misógino e extremamente desrespeitoso com a sindicalista, ele a ofendeu pessoalmente. Se o militar tomou esta atitude com uma professora que tem mais de 30 anos lecionando na escola, em frente a todo o corpo docente da instituição, qual será a atitude dele para com o(a) aluno(a)?", disse a associação por meio da nota.