A defesa do autor do disparo que matou Bruno Junior, 33 anos, em Apucarana, norte do Paraná, alegou legítima defesa. Na tarde desta quarta-feira (13), a Polícia Civil cumpriu um mandado de prisão contra o homem, que foi detido pelos investigadores no local onde trabalha.
De acordo com o advogado Paulo Pavolak, o morador do Distrito de Pirapó realizou dois disparos ao escutar barulhos na casa vizinha, onde estava a vítima que sofreu o disparou ao olhar por cima do muro. Os tiros, segundo a defesa, foram efetuados apenas para assustar uma suposta invasão de criminosos, considerando que os moradores da residência estavam viajando.
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"O muro é muito alto e havia uma situação que os vizinhos estariam viajando, com o barulho que ele (atirador) escutou, conduziu a uma situação de defesa. O local onde ele mora não é muito movimentado e ele, inclusive, já teve problemas com bandidos tentando invadir o imóvel", disse Paulo.
O advogado ressalta que o cliente estava em sua casa com a esposa e as filhas e não tinha o propósito de matar uma pessoa inocente. "Em nenhum momento teve a intenção de tirar a vida de uma vítima, foi uma fatalidade para ambas as famílias. Ele não é criminoso, é um homem de família, não deve nada para ninguém e teve uma interpretação da situação que conduziu à legitima defesa", comentou.
Pavolak salienta que seu cliente "não irá fugir de suas responsabilidades" e a defesa trabalhará para provar sua versão. "Vamos trabalhar para que ele possa responder em liberdade, essa é a regra, ainda mais com um cidadão de bem", concluiu o advogado.