Usuários do transporte coletivo estão questionando o modelo dos novos pontos de ônibus instalados pela Viação Apucarana Ltda (Val), no município. Entre as reclamações está o tamanho da cobertura dos pontos construídos em fibra de vidro com 1,50 m de largura e 2 m de comprimento. Conforme a Val e o Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento (Idepplan), o modelo foi projetado para locais com baixo fluxo de usuários. Pontos mais espaçosos, com estrutura de ferro e vidro temperado serão instalados em lugares com grande número de usuários.
A repositora Márcia Cristina Dias Soares desaprovou o novo ponto instalado no Residencial Sumatra, bairro onde mora. Ela usa o transporte público todos os dias para ir trabalhar e achou a cobertura muito pequena para o número de usuários que esperam o coletivo todos os dias. “Acho melhor que nada, mas não está bom. A estrutura é muito pequena e não protege do sol, nem da chuva. Uma mulher com uma criança, por exemplo, não teria como ficar aqui. O valor da passagem subiu e eles poderiam fazer uma cobertura melhor”, comenta.
A tosadora Sueli Passos concorda com a amiga. “Na minha opinião deveria ser bem maior, porque não é uma pessoa que espera o ônibus. O local fica muito lotado às 6 horas da manhã, se não fossem as coberturas dos estabelecimentos, o povo ficaria embaixo de chuva”, afirma.
De acordo com Sueli, além do tamanho da cobertura dos pontos, também há necessidade de ampliar as linhas que cortam o bairro. “Deveriam criar mais linhas. O bairro cresceu muito e os ônibus vivem lotados, parecendo sardinha enlatada”, observa.
Conforme ficou estabelecido no contrato de concessão, a Val deve instalar 700 pontos de ônibus novos, np prazo de 5 anos. Até ontem, 20 pontos no modelo com cobertura de fibra de vidro com bancos (alvo das reclamações) já estavam devidamente instalados no município.
“Esses pontos foram instalados onde há pouco fluxo de usuários. Estamos aguardando os outros pontos chegarem, que são maiores para regiões como o Terminal Rodoviário, praça do redondo que têm grande fluxo de usuários”, informa o encarregado operacional da Val, Leuze dos Santos.
O superintendente do Idepplan Carlos Mendes, informa que o município possui atualmente 700 paradas de ônibus e quase 500 não têm cobertura. “São três modelos desenvolvidos para o município. Esse primeiro é o mais simples, destinado a pontos com baixo fluxo de usuários. E se o fluxo aumentar é possível colocar mais um ao lado”, reitera o superintendente.
Segundo Mendes, os outros dois modelos foram projetados para comportar um maior número de pessoas, um deles com estrutura de chapa de aço e fechamento de laterais e de fundo em vidro temperado, com banco e cobertura, e o outro com estrutura de chapa de aço sem o vidro temperado, ambos com 3,65 m de comprimento e 1,70 m de largura. O superintendente afirma que a prefeitura está fiscalizando todo o serviço prestado pela Val.