Professora da Unicesumar fala sobre empoderamento feminino em palestra hoje em Apucarana

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 25/07/2019
Professora Maria Cristina Gabriel de Oliveira, participa nesta quinta-feira do 13º Encontro Municipal da Mulher Negra. Foto: Sergio Rodrigo

A historiadora e professora do curso de Serviço Social da EAD Unicesumar, Maria Cristina Gabriel de Oliveira, participa nesta quinta-feira (25), do 13º Encontro Municipal da Mulher Negra, que acontece as 19h na Praça C.E.U do Jardim América.  O evento será realizado para celebrar o dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, comemorado em 25 de julho, e tem como tema central “A Mulher Negra no Mercado de Trabalho”. 

A professora será uma das palestrantes do evento e vai falar sobre a importância do empoderamento feminino e violência contra a mulher. “Percebemos que no interior, o abismo que existe na inserção da mulher no mercado de trabalho fica ainda mais aparente. Percebemos que o campo doméstico está aberto para elas, mas o campo da gestão e o campo técnico ainda é pequeno, e para as mulheres negras a diferença é ainda maior. Precisamos debater estes assuntos e buscar soluções”.

A historiadora garante que, de acordo com estatísticas recentes do IBGE, as mulheres estão alcançando cada vez mais espaço nas universidades, até mais do que os homens, mesmo assim o mercado de trabalho ainda está restrito. “Estes movimentos, estes encontros como o que acontece aqui, são muito interessantes para debater e pensar esse assunto e identificar políticas públicas que possam ser melhoradas a fim de atender as especificidades das mulheres”, afirma.

Maria Cristina vai falar ainda o cenário sobre os homicídios femininos no Brasil, e sua comparação em relação as mulheres negras. De acordo com ela, a edição do Atlas da Violência de 2019, indica que houve um crescimento dos homicídios femininos no Brasil em 2017, com cerca de 13 assassinatos por dia. Ao todo, 4.936 mulheres foram mortas, o maior número registrado desde 2007. A cada 100 mulheres mortas 5,6 são negras e 3,2 não negras. A diferença entre mulheres negras assassinadas e mulheres não negras é de mais de 60%. 
“As políticas sociais e púbicas precisam ser pensadas na perspectiva de mudança pautada na equidade que é diferente de igualdade, ou seja, as pessoas não podem ser tratadas iguais, mas sim, respeitando suas necessidades e diferenças”.

O evento é gratuito e aberto à comunidade e contará ainda com apresentações artísticas além das palestras.