O campus Apucarana da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) realiza uma assembleia nesta segunda-feira (13), para discutir sobre a redução orçamentária aplicada pelo Governo do Estado. Entre os reflexos do corte de verbas está o aumento do valor da refeição do Restaurante Universitário (RU) para os alunos, que passa de R$ 5 para R$ 8,15 a partir de hoje. A assembleia começa às 20h30 no auditório Galha Azul.
Conforme o diretor geral do campus de Apucarana, Daniel Fernando Matheus Gomes, o conselho decidiu retirar o subsídio da refeição por conta de um contingenciamento de 20% no orçamento da universidade.
“A nossa expectativa era que o orçamento desse ano, na pior das hipóteses, fosse igual ao de 2018. Mas logo no início do ano houve contingenciamento de 20% sobre o repasse que nos é feito. Esse repasse é trimestral, então não há condições de manter as contas da universidade em dia”, explica.
(Diretor geral do campus de Apucarana, Daniel Fernando Matheus Gomes. Foto: Tribuna do Norte)
Para tentar manter todas as atividades do campus, mesmo que de forma precária, o Conselho do Campus decidiu fazer um ajuste orçamentário e retirar o subsídio que beneficiava os alunos no valor da refeição. Gomes informa ainda que os estagiários que atuam na universidade também serão afetados. “Não vamos conseguir manter a gratificação dos estagiários”, afirma.
Serviços como terceirização do suporte do servidor, site e rede de internet não foram recontratados até o momento. Melhorias que estavam previstas como a reforma em salas de aulas, iluminação do estacionamento, sistema de câmeras de monitoramento para a comunidade acadêmica não têm data para serem realizadas.
Essas questões serão debatidas durantr a assembleia que também vai decidir sobre a participação do campus Apucarana na mobilização nacional marcada para quarta-feira (15).
Clique aqui e confira o comunicado divulgado no site do campus de Apucarana.
Unespar também é afetada por bloqueios do Goverbo Federal
De acordo com informações divulgadas no site da Unespar, o bloqueio realizado pelo Governo Federal nas bolsas de mestrado oferecidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) também afetou a universidade.
Ao todo, oito bolsas foram cortadas. Trata-se de bolsas para os quatro novos Programas de Mestrado Acadêmicos que foram aprovados no ano passado, duas bolsas para cada um dos programas, que seriam implantadas agora.
"Dessa maneira, os novos programas de Mestrado já começam bastante fragilizados, sem nenhuma bolsa. Isso é um problema, já que muitos alunos são de baixa renda, trabalhadores, de fora e que vêm para morar na cidade e contam com essa bolsa. O bloqueio impacta na produção científica, na qualidade das dissertações, na qualidade de vida e na permanência desses alunos no programa", diz a nota no site.