A dor nas costas está entre as principais causas de afastamento do trabalho. Quando trata-se de uma hérnia de disco, a pessoa fica sem posição, por conta da lesão que ocorre na coluna vertebral região cervical e com mais frequência na região lombar.
"Essa doença é a que mais provoca dores nas costas e alterações de sensibilidade para coxa, perna e pé. Aproximadamente 80% das pessoas vão experimentar a dor lombar em algum momento de suas vidas. A localização mais comum da hérnia de disco lombar é no disco que fica entre a quarta e quinta vértebra lombar e no disco que fica entre a quinta vértebra e o sacro”, diz o fisioterapeuta e professor da FAP, Kleber Rogério Andolfato.
Conforme o especialista, os sintomas mais comuns são dores localizadas nas regiões onde existe a lesão do disco, e o incômodo pode ser irradiado para outras partes do corpo. Quando a hérnia é na coluna cervical, as dores ou as alterações de sensibilidade se irradiam para as regiões superiores dos ombros, para os braços, as mãos e os dedos. Se a hérnia de disco é lombar, as dores se irradiam para as pernas e pés. O paciente pode também sentir formigamento, dormência, ardência e dores na parte interna da coxa. As pessoas relatam que é uma “dor chata” e que não existe posição que melhore.
Andolfato observa um crescimento no número de homens e mulheres jovens diagnosticados com hérnia de disco, um problema mais comum a partir dos 35 ou 40 anos. Segundo o especialista, apesar de não existirem estatísticas ou pesquisas específicas sobre o problema nessa faixa etária, especialistas de pelo menos cinco clínicas e grandes hospitais observam um aumento nos pacientes com menos de 30 anos - muitos deles têm o diagnóstico depois de uma crise, quando ficam imobilizados e procuram auxílio médico.
"Geralmente, a hérnia aparece depois dos 30, 40 anos, quando a coluna começa a desidratar mais rapidamente. Fatores genéticos têm papel muito forte na degeneração dos discos, atuando como principal causa para a formação da hérnia de disco. Mas outros fatores também estão associados a grandes riscos à coluna: trabalhos físicos pesados e repetitivos, inclusive no esporte; inclinar e girar o tronco frequentemente; levantar, empurrar e puxar bruscamente; envelhecimento (que torna os discos menos elásticos, fazendo com que o envelope que envolve o núcleo se rompa com maior facilidade); tabagismo; excesso de peso”, explica.
De acordo com o fisioterapeuta, quem sofre com hérnia de disco pode e deve praticar exercício físicos. "O importante é a prescrição adequada de atividade física como forma terapêutica de recuperação física em indivíduos acometidos por Hérnia de disco", esclarece.
Tratamento
O tratamento fisioterapêutico da hérnia de disco depende de qual estágio a doença se encontra.
Fase Aguda: Paciente apresentando muita dor realiza a eletroterapia (analgesia), modalidades físicas dentro deste limite de dor e terapia manual.
Fase Subaguda: Quando o processo inflamatório e a dor do paciente estiverem controlados, realiza um programa de exercícios de resistência à fadiga e fortalecimento.
Fase Crônica: Se o paciente for corretamente tratado na fase aguda e subaguda com exercícios realizados de forma apropriada, provavelmente eles apresentarão comprometimentos mínimos que não vão interferir nas atividades de vida diária, podendo dar continuidade ao tratamento com técnicas específicas como o Pilates e o RPG (Reeducação Postural Global).
Intervenção cirúrgica
A cirurgia para tratamento da hérnia de disco, tanto lombar quanto cervical, está indicada nos casos em que não houve melhora dos sintomas de dor e desconforto, mesmo com o tratamento à base de remédios e fisioterapia, ou quando há sinais de perda da força ou sensibilidade. Isto porque este procedimento oferece alguns riscos, como limitação da movimentação da coluna ou infecção, por exemplo.