Na era digital, TV de tubo ainda tem mercado

Autor: Da Redação,
domingo, 05/08/2018
Foto: Tribuna do Norte

Os aparelhos eletrônicos antigos nunca acabam, são para a vida toda”. Quem nunca ouviu alguém com mais idade falar essa frase? Aliás, é por esse motivo que as TV’s tubão ainda não desapareceram do mercado completamente. Apesar das televisões de modelos LED, Plasma e LCD terem ganho a preferência da maioria das pessoas por conta da qualidade de imagem e do aparato tecnológico envolvido, as TVs de tubo, mesmo que extintas na linha de produção, ainda sobrevivem aos consertos e garantem mercado nas lojas de usados. O motivo, segundo quem atua no ramo, é a durabilidade do aparelho. 

Segundo Juracy Piassa, proprietária de uma loja de assistência técnica em Apucarana, enquanto as TV’s antigas duram mais de 15 anos, as televisões novas apresentam problemas muito mais cedo por serem mais sensíveis. “Compensa você ter uma televisão antiga com o conversor, elas duram muito mais tempo”, reforça. 

Assim, mesmo com a aquisição de um aparelho novo, a TV antiga continua nas casas.Juracy explica que, quando instalado o conversor digital, as televisões antigas funcionam normalmente. “A TV pega tranquilamente com o conversor, assim como as novas. Por isso, os donos, principalmente as pessoas mais velhas, se apegam ao aparelho e não se desfazem dele tão cedo”, acredita. Na loja de Juracy não são vendidos aparelhos, apenas consertados. 

“Mesmo tendo várias opções de televisões modernas no mercado, a procura por conserto ainda é grande. Recebo no mínimo três por semana e compensa mandar arrumar pela ótima duração desses aparelhos”, ressalta. A comerciante Luciana Gimenes, de Apucarana, também tem uma loja de assistência técnica e acredita que as TV’s de tubo sobrevivem ainda pela sua durabilidade. 

“As televisões modernas ganharam o mercado por estarem mais em conta e com formas de pagamentos acessíveis. Porém, a durabilidade das TV’s antigas é inquestionável”, explica.Por semana, na loja de Luciana, pelo uma pessoa aparece para consertar um “tubão”. Na maior parte das vezes, segundo a comerciante, são pessoas de mais idade. 

“Por durar mais tempo, o pessoal se apega no aparelho mais antigo, colocando o conversor digital para que não tenha que se desfazer da TV”, complementa. O comerciante Gilberto Koslyk, proprietário de uma loja de móveis eletrodomésticos usados em Apucarana, também acredita que as televisões antigas tenham mercado. Em sua loja, por exemplo, ele tinha ontem 9 TV’s de tubo à venda no valor de R$ 50 a R$ 100. O motivo é o mesmo citado: a durabilidade e o custo, muito mais em conta que um aparelho novo. 

“Além das pessoas que não condições ter uma nova, esses aparelhos são muito duradouros, para a vida toda”, explica.Gilberto também cita a instalação do conversor, o que torna a qualidade da imagem mais próxima dos aparelhos mais modernos. “O preço aumenta um pouco, mas a pessoa já recebe a televisão com o conversor dentro. Isso facilita bastante”, reforça.

Sinal analógico será encerrado O sinal analógico será desligado no dia 28 de novembro na região. A medida vale para mais de 120 cidades do Paraná.  Depois dessa data só será possível ver televisão pelo sinal digital. Para garantir o sinal nas TVs mais antigas será preciso instalar um conversor. O equipamento custa cerca de R$ 140. Para famílias carentes, entretanto, os kits serão entregues gratuitamente. Têm direito a receber o equipamento famílias integrantes do Cadastro Único atendidas em programas sociais. Os pedidos podem ser feitos pelo email sejadigital.com.br/kit ou pelo telefone 147, com o NIS em mãos. E se tiverem direito ao kit, já podem agendar a retirada. 

O kit vem com antena digital e conversor com controle remoto, equipamentos que permitem que televisores antigos tenham acesso ao sinal digital.A instalação é um processo simples, porém, deve-se tomar cuidado. Caso se sinta inseguro com o procedimento, a recomendação é procurar um antenista. Em Apucarana, a prefeitura vai atuar orientando as famílias na distribuição de kits