Um outro impacto da greve dos caminhoneiros em Apucarana e região pode ser percebido na noite de terça-feira (23) no campus da Universidade Estadual do Paraná (Unespar).
Muitos alunos que moram em outros municípios da região não conseguiram assistir as aulas na instituição de ensino superior porque os ônibus e vans que fazem o transporte acabaram parados e permaneceram por horas nos bloqueios em rodovias da região por conta da greve dos caminhoneiros. Diante da impossibilidade de chegar a tempo para as aulas, eles retornaram para suas casas.
Aulas podem ser suspensas
De acordo com estudantes da instituição, surgiram comentários ontem à noite dando conta que as atividades letivas da Unespar poderiam ser suspensas para não prejudicar os universitários enquanto a greve dos caminhoneiros perdurar.
Palavra do diretor
O diretor do campus de Apucarana, professor Narciso Rasteli, afirma no entanto, que ainda não há nada de oficial nesse sentido.
"Por enquanto as aulas estão mantidas, mas se a greve dos caminhoneiros perdurar, alguma medida deve ser tomada", acrescenta Rasteli.
A greve
A paralisação dos caminhoneiros autônomos do Brasil, iniciada na segunda-feira (21) prossegue nesta quarta-feira (23), apesar do aceno do governo nesta terça-feira sobre redução de um dos tributos que incidem sobre o preço do diesel.
O presidente da entidade que organiza o movimento dos caminhoneiros autônomos do país, Abcam, José da Fonseca Lopes, afirmou que a redução da Cide não é suficiente. Enquanto isso, um pequeno corte no preço do diesel anunciado pela Petrobras mais cedo pouco fez para reverter a posição dos caminhoneiros.
300 mil caminhoneiros
A Abcam estima que cerca de 300 mil caminhoneiros tenham participado dos protestos desta terça-feira, ante 200 mil no dia anterior. A entidade representa cerca de 600 mil caminhoneiros autônomos de um total de 1 milhão de motoristas no Brasil.