​Bar funcionava com energia elétrica furtada de prédio, diz PM

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 15/01/2016
Foto: José Luiz Mendes

Relatório da Polícia Militar (PM) de Apucarana, na região norte do Paraná, aponta que um bar situado no cruzamento da Rua Alexandre Barbieri com a Rua Oswaldo Cruz, um dos "points"no centro da cidade, supostamente utilizava energia elétrica furtada de edifício que fica próximo ao estabelecimento comercial.

Foto: José Luiz Mendes


A PM foi até o local após solicitação do Ministério Público (MP), que recebeu denúncia dando conta sobre a irregularidade. Um perito da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) estava junto com os PMs. Ao verificar a medição dos relógios, ele notou que o relógio do "Barzzin" estava abaixo do consumo normal, conforme o relatório da polícia. "Em seguida foi quebrada a parede do padrão e constatada ligação irregular e clandestina e o furto de energia elétrica", acrescenta a PM.

Um rapaz estava no local. Ele informou ser funcionário do estabelecimento e indicou quem seria o responsável pelo Barzin, que acabou localizado posteriormente. O dois foram conduzidos à Delegacia para os procedimentos legais. Eles foram ouvidos e liberados na sequência. 


VERSÃO DO PROPRIETÁRIO
- O dono do estabelecimento afirmou que apenas foi notificado pela Copel para regularizar o padrão de energia elétrica e acrescentou que tomou todas as medidas necessárias e a situação já está normalizada.
"GATO"-  O furto de energia é popularmente chamado de “gato” na rede elétrica. De acordo com a Copel, além de prejuízos, essa prática pode colocar em risco a rede elétrica e o responsável pela ligação clandestina.

O que parece vantajoso para quem se utiliza desse recurso, na verdade é crime previsto em lei no artigo 155 do Código Penal. Quem cometê-lo pode ser condenado a uma pena que pode variar de um a quatro anos de reclusão, além de multa.

Mas há ainda outro risco, muito maior que ser pego: o de morte. Quem faz uma ligação clandestina, normalmente sobe em um poste com cerca de 7,20 m de altura e vai acessar uma rede energizada. A pessoa pode receber uma descarga elétrica e falecer imediatamente.

PREJUÍZO - As companhias de energia também levam prejuízo com o furto de energia. Mais de 27 mil gigawatts-hora, ou cerca de 8% do consumo do mercado elétrico brasileiro, são consumidos no país de forma irregular. São cerca de R$ 8,1 bilhões em prejuízo, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).