O número de homicídios culposos de trânsito - sem intenção de matar - teve um aumento expressivo de 77,7%, em Apucarana. Relatório estatístico criminal divulgado ontem pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), mostra que, de janeiro a setembro deste ano, foram 32 mortes decorrentes de acidentes do município, contra 18 no mesmo período do ano passado. As ocorrências de 2014 também superam o acumulado de 2013, que fechou com 25 mortes no trânsito.
A tendência também é constatada no Vale do Ivaí, que compreende a área da 17ª Subdivisão Policial (SDP). Foram 45 óbitos durante os primeiros nove meses do ano passado. Número que saltou para 60, no mesmo período deste ano, representando aumento de 33% dos homicídios culposos de trânsito. No geral, quinze municípios da região tiveram episódios do gênero. Depois de Apucarana, os que concentram o maior número de mortes são: Jandaia do Sul (7), Cambira (4), Faxinal (3) e Mauá da Serra (3). Segundo a Sesp, onze cidades da região não registraram mortes nos três trimestres deste ano.
De acordo com o superintendente de trânsito, Silnei Bolonhesi, a maior parte das mortes se concentram nas rodovias que cortam o muncípio. "A maior parte ocorreu na BR - 376, BR-369 e, sobretudo a PR-444 , trecho com grande número de mortes. Reduzimos as mortes no perímetro urbano em 35%", pontua.
O Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento (Idepplan) Idepplan iniciou levantamento, com base nos dados da Sesp, para identificar os locais onde os acidentes com vítimas fatais aconteceram no perímetro urbano do município.
PARANÁ
O índice de óbitos no trânsito sem intenção de matar teve queda de 17,36% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano anterior, em todo o Paraná. O levantamento da Sesp mostra 1.271 ocorrências no acumulado de janeiro a setembro deste ano, contra 1.538 em 2013.
“A diminuição dos índices tem uma relação direta com a intensidade que se faz a fiscalização e também com as atividades que envolvem educação para o trânsito. Se continuarmos agindo para ter o motorista cada vez mais conscientizado de suas responsabilidades, isso vai ter um impacto mais significativo ainda. O resultado é bom, mas temos que continuar melhorando, pois, são vidas que estamos salvando”, explica o diretor-geral do Departamento de Trânsito do Paraná, Marcos Traad.