Clube Cidade Alta pode se tornar novo loteamento

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 30/06/2014

O antigo Clube de Campo Cidade Alta, localizado no Núcleo Habitacional Osmar Guaracy Freire, em Apucarana, pode dar lugar a um novo loteamento habitacional. A área estava abandonada há mais de 15 anos devido a uma briga judicial entre sócios remidos, o que impedia um novo destino para o local. Com a falta de pagamento de impostos, o terreno foi à leilão federal sendo arrematado por um empresário de Arapongas.

Moradores do entorno torcem para que o empreendimento seja oficializado. Durante os anos em que ficou desativado, o antigo clube tornou-se um transtorno para quem mora nas proximidades. Antiga sócia, a dona de casa Iraci Brumatti, 52 anos, descreve com tristeza a situação da antiga área de lazer. De acordo com ela, o local onde muitas pessoas passaram momentos de diversão se transformou em um matagal, que, na sua opinião, é um “ótimo atrativo” para os bichos peçonhentos. “O lugar ficou abandonado juntando todo o tipo de bicho, principalmente pernilongos, aranhas e cobras”, afirma.

Assim como Iraci, o aposentado João Tamiozo, 70 anos, morador do “Guaraci Freire” espera que a área seja loteada o quanto antes para que o bairro aumente e o transtorno acabe. “Isso é importante para o desenvolvimento da nossa cidade. Uma vez que o clube não pode mais funcionar mesmo”, comenta.

Por outro lado, a cozinheira Sueli da Luz, 44 anos, lamenta que o bairro tenha perdido uma área de lazer. “Meu filho frequentava o clube todos os domingos”, lembra.

SITUAÇÃO ATUAL

O cenário atual do antigo clube de campo é bem diferente de 15 anos atrás. O tobogã enferrujado e o lago coberto de lodo denunciam o abandono. Na antiga praça de alimentação, parcialmente destelhada, mesas e bancos de concreto disputam espaço com o matagal.

Funcionários de uma empresa de terraplanagem já trabalham na limpeza da área. O engenheiro responsável pelo empreendimento, que pediu para não ser identificado, confirmou a construção do loteamento. 

Em contato com a Tribuna, os novos proprietários, da empresa Rabito Expansão, explicaram que arremataram o terreno em um leilão federal, realizado em 2002. "A questão dos sócios remidos do clube deve ser resolvida com o antigo proprietário, da empresa Aguiar Empreendimentos. Nós arrematamos o terreno e não o clube, por isso não temos nenhuma relação com os sócios", esclarece a empresária Maria Aparecida Binder, esposa do proprietário.