Confusão em obra vai parar na delegacia em Apucarana

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 07/08/2013

Depois de ver a parede do fundo casa demolida pelos operários da construção vizinha, a aposentada Iracema Albino Furtado procurou na manhã de ontem a 17ª Subdivisão Policial (SDP) para registrar queixa por dano. Parte de sua residência foi derrubada durante o processo de construção do imóvel vizinho, na Rua Prudente de Moraes, no Jardim Trabalhista, em Apucarana. Segundo ela, os pedreiros chegaram a avisar que o procedimento seria necessário, entretanto teriam garantido a reconstrução imediata da parede. Quatorze dias passaram e nenhuma providência teria sido tomada. 

“Não podia ficar com a minha casa assim. Fui até a delegacia, registrei um boletim de ocorrência. O dono da obra ficou bravo por eu ter registrado queixa. Ainda disse que não estou ajudando com um centavo. Ajudar com o que? A obra é dele. Eu só quero que consertem o que fizeram na minha casa”, reclama a aposentada que mora com o marido e o neto e nem sabe o nome completo do proprietário do terreno ao lado. “É uma casa simples, mas é a única que eu tenho”, completa. O proprietário do terreno, segundo ela, teria apenas informado que a parede da casa seria demolida porque a estrutura estava em péssimas condições e que precisava de reformas para não comprometer a obra que ele estava levantando.

“Não aguardaram a minha permissão. Começaram a marretar a parede. Quando eu vi, estava tudo aberto. No início não fiquei desesperada pois achei que iriam construir novamente no mesmo dia”, conta.  Os pedreiros iniciaram os trabalhos derrubando a parede externa deixando à mostra a lavanderia, despensa e o banheiro, que teve o encanamento destruído. Para tomar banho foi preciso adaptar um chuveiro em outro cômodo da casa. Além do transtorno, a falta de segurança preocupa os moradores. “É muito perigoso. A casa está aberta. Um bandido pode entrar aqui sem nenhum esforço”, observa Leandro Furtado Alberto, neto da aposentada.

A família alega não ter condições financeiras para custear a reforma da casa e espera que os reparos comecem o quanto antes. “Sou aposentada e não tenho condições de pagar uma reforma. Ainda não entendi por que fizeram isso na minha casa. Só quero que eles construam a parede novamente. É meu direito”, reitera.

A Polícia Civil está investigando o caso. Ontem à tarde, a reportagem da Tribuna esteve no local da construção mas não localizou os responsáveis pela obra.