Polícia Civil recaptura mandante de atentado contra PM solto por engano

Autor: Da Redação,
terça-feira, 05/02/2013
Maycon Douglas de Almeida foi recapturado durante a noite de segunda-feira (4)

A Polícia Civil de Apucarana prendeu na noite de segunda-feira (4 de fevereiro), no Jardim Ponta Grossa  (zona norte da cidade), Maycon Douglas de Almeida, 20 anos. O apucaranense teria sido solto por engano na tarde de ontem na Casa de Custódia de Londrina (CCL), para onde foi transferido na semana passada do Minipresídio de Apucarana.
O jovem é apontado pela Polícia Civil como o mandante do atentado contra a casa de um sargento da Polícia Militar na madrugada de 18 de dezembro do ano passado. Ele encomendou o crime, segundo a polícia, de dentro do Minipresídio a um menor, já apreendido.

Segundo informações iniciais, ele teria se passado por outro detento e liberado por engano na tarde de hoje da unidade londrinense. Quando os policiais descobriram o engano ele já tinha se evadido.

Contatada pela corporação londrinense, a Polícia Civil de Apucarana fez diligências no bairro onde o jovem reside e o prendeu na noite de ontem.

A casa do policial militar, localizada à Rua Eurico de Oliveira, Jardim Aeroporto (zona leste da cidade), foi alvo de quinze disparos de pistola calibre 9 nove milímetros no atentado de dezembro. Os projéteis de arma de fogo atingiram as paredes de um dos quartos onde dormia o filho do policial, mas ninguém ficou ferido.

"Foi um erro crasso por parte da CCL que compromete todo o trabalho policial. Essa situação vai ser relatada às instâncias superiores para que providências administrativas em relação ao ocorrido sejam adotadas", afirmou o delegado chefe da 17ª Subdivisão Policial (SDP), Valdir Aabrahão da Silva.

O ENGANO - Maycon ganhou a liberdade por conta de um engano entre os agentes penitenciários. Na tarde de segunda-feira (4), o detento teve a prisão preventiva revogada no caso em que é acusado de ter cometido o crime de tráfico de drogas.

No entanto, o rapaz também responde pela tentativa de homicídio contra um sargento da Polícia Militar que mora em Apucarana, fato ocorrido no dia 18 de dezembro do ano passado. Ele teria coordenado esta última ação enquanto cumpria a pena no Minipresídio de Apucarana. O rapaz foi transferido para Londrina após investigação da Polícia Civil.

O diretor da Casa de Custódia de Londrina, José Roberto Santos, admitiu que houve um "erro de interpretação burocrática". Ele explicou que soube do equívoco na manhã desta terça-feira. "Os alvarás são eletrônicos e centralizados em Curitiba. Quem soltou o rapaz aqui analisou apenas a revogação da prisão preventiva por um dos crimes", contou.

Santos garantiu que a situação vai ser apurada. "Já entramos em contato com as autoridades de Curitiba e com a corregedoria do Departamento Penitenciário para apurar as falhas ocorridas por aqui", destacou o diretor da CCL. Ele disse ainda que vai encaminhar documentos para serem anexados ao processo.