Lagoão apresenta série de problemas infraestruturais

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 10/01/2013

Em atividade há 36 anos, o Complexo Esportivo José Antônio Basso (Lagoão) é o principal palco da cena poliesportiva apucaranense, mas quase nenhuma conservação recebeu nos últimos anos. Como resultado do pouco zelo da administração municipal, sobretudo na última década, a praça apresenta atualmente uma série de problemas infraestruturais que comprometem não só a prática esportiva e outras atividades comuns ao espaço desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Esportes, mas sobretudo a segurança dos servidores municipais, atletas e demais frequentadores.

Nesta semana, o novo prefeito de Apucarana, Beto Preto (PT), vistoriou pessoalmente as instalações, solicitou a vistoria por parte do Corpo de Bombeiros, e determinou a elaboração de um relatório minucioso da real situação do complexo esportivo. “Sabíamos que havia problemas, até por conta de notícias já divulgadas pela imprensa local, dando conta de infiltrações e goteiras no teto do ginásio de esportes”, lembrou o prefeito.

Porém, segundo ele, a situação é bem pior do que imaginava. “No setor que abriga a Secretaria de Esportes existem rachaduras, umidade excessiva nas paredes e até vazamentos de água que empoçam nas salas, além de fiação elétrica exposta em vários pontos”, relatou Beto Preto. Até mesmo o setor da “nova piscina”, cujas obras de revitalização, aquecimento e cobertura, foram entregues a menos de um mês pela gestão anterior, apresentam uma série de problemas. A área da pista de atletismo estava em completo abandono, inviabilizando o uso por atletas e por pessoas que faziam caminhadas no local. “Por isso já iniciamos um mutirão de limpeza em toda a área externa do complexo esportivo. O serviço inclui a poda de grama e de árvores”, destacou Beto.

Interdição do Lagoão não está descartada - A partir das vistorias realizadas pela Secretaria de Obras e Serviços Urbanos, Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan) e Corpo de Bombeiros, o prefeito Beto Preto vai avaliar as medidas a serem tomadas e, a interdição do local, solicitada pelos Bombeiros, não está afastada.

Segundo o diretor-superintendente do Idepplan e secretário de Obras e Serviços Urbanos, vice-prefeito Sebastião Ferreira Martins Júnior (Júnior da Femac), o complexo apresenta sérios problemas nas instalações hidráulicas e elétricas. “Os banheiros também estão em situação bastante precária, não suportando a realização de eventos com grandes públicos. As calhas e rufos também apresentam uma série de problemas, não estão bem vedadas, o que ocasiona goteiras e infiltrações, sem contar com a sujeira, encontrada em praticamente toda a extensão do complexo”, enumera Júnior. Em curto prazo, os problemas com a cobertura devem ser resolvidos com a licitação das obras com recursos na ordem de R$600 mil conquistados pelo Deputado André Vargas (PT) junto à emenda no Orçamento da União através do Ministério do Esporte. “Ainda vamos analisar todos os tópicos vistoriados e decidir. Não sabemos se vamos optar pela interdição ou fechar temporariamente o complexo para reformas”, informa.

O superintendente de Obras, Herivelto Moreno, frisa que em seu relatório, o Corpo de Bombeiros concluiu que o local é inseguro e indicou uma série de pendências no que tange a prevenção de incêndio e também de segurança, sem contar com a questão da acessibilidade. “Hoje o local não possui um projeto de prevenção contra incêndios. No ginásio também não há uma porta contrária à entrada, que serviria como saída de emergência em caso de necessidade. Em resumo, para que o local apresente condições de receber grandes eventos esportivos, shows, ou outras atrações com grande público, todos estes projetos deverão ser viabilizados, juntamente com toda a reforma da questão elétrica e hidráulica”, comunica.