A depressão é uma doença comum e que pode ter consequências graves se não for tratada e acompanhada adequadamente. O Ministério da Saúde estima que 25 milhões de brasileiros sofram da doença, nas manifestações leve, moderada e severa. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que na próxima década seja a segunda causa principal de incapacidade, e em 2030, a principal doença no mundo.
A psicóloga e coordenadora da divisão de Saúde Mental, da Secretaria Estadual da Saúde, Larissa Yamaguchi, explica que é fundamental o diagnóstico feito pelo profissional de saúde para que a pessoa receba o tratamento adequado. “Os sintomas da depressão se assemelham ao de outras doenças e pode ser facilmente confundidos”, reforça.
Segundo ela, a depressão clínica é impede a pessoa de levar sua vida normal, manter seu trabalho, frequentar a escola ou fazer outras atividades rotineiras. O indivíduo deprimido perde o interesse pelas atividades que normalmente desfrutaria e, com isso, podem surgir outros problemas de saúde, como energia diminuída, dificuldade para dormir ou se alimentar e sentimentos de baixa autoestima. “Todos podemos ficar tristes em algum momento, mas a verdadeira depressão é uma situação clínica. Não é culpa da pessoa que sofre e ninguém deveria se envergonhar de tê-la. Não é um sinal de debilidade pessoal”, esclarece a psicóloga.
Os cuidados com si mesmo podem ajudar uma pessoa a prevenir a depressão ou contribuir para o tratamento. A prática de atividade física, a regularidade do sono e o não consumo de álcool e drogas (substâncias psicoativas) ajudam a minimizar os sintomas da doença. “É fundamental que as pessoas dialoguem com membros da família e pessoas queridas. A solidão pode piorar a depressão”, enfatiza Larissa.
REDE – O Governo do Paraná está estruturando a Rede de Atenção à Saúde Mental para ampliar o acesso e melhorar o cuidado dessa doença. As pessoas que precisam de ajuda devem procurar a unidade de saúde mais próxima da residência. A rede de saúde mental conta com equipes da Estratégia Saúde da Família, Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), unidades de acolhimento, ambulatórios de Saúde Mental, residências terapêuticas e hospitais.
Veja a reportagem em vídeo com o psiquiatra Antônio Carlos Andrade