Frequentemente as empresas estão envoltas em grandes dificuldades para manter o seu
processo competitivo. A grande conquista atualmente é enfrentar a crise e permanecer
no mercado para que, no momento em que as oportunidades surgirem, a empresa possa
estar presente e ocupar o espaço desejado. Para que a empresa possa, satisfatoriamente,
ocupar seu espaço, entretanto, precisa manter-se preparada, ampliando sempre o seu rol
de capacidades, envolvendo melhoria de seus recursos humanos e de qualificação
técnica de suas máquinas e equipamentos, aperfeiçoando seus relacionamentos com as
demais empresas do setor – e de setores afins – de tal forma que a empresa e o
empresário figurem como um repositório de conhecimentos. Assim, como um
trabalhador com larga experiência em sua função, a empresa e o empresário estão a todo
momento aprendendo, para colocar em prática as boas ideias que surgirem num
momento de expectativa positiva da economia.
O Empresário é um observador constante de novas oportunidades. Ele pode estar em um
local de distração e entretenimento, mas mesmo ali, fora do ambiente da empresa, está
pensando como garimpar novas oportunidades de negócio. Essa é a constante vida e luta
do empresário: acreditar na sua intuição e capacidade de realizar as coisas; acreditar nas
oportunidades e em seus colaboradores e parceiros. Uma empresa não está ligada às
demais somente pelos preços, mas por uma forte inter-relação de compra, de entrega de
bens e serviços. Esse relacionamento se dá, igualmente com seus consumidores, seja no
varejo ou no atacado, ocorrendo, ainda, dentro do local onde está instalada, ou em
âmbito regional, nacional e internacional.
O olhar do empresário precisa ter um alcance abrangente. Deve visualizar grandes
objetivos cooperativos para poder alcançar uma grande conquista. As expectativas vão
se consolidando e a intuição do empresário vai ganhando forma à medida que o tempo
passa, transformando o apenas sonhado em realizações concretas. O empresário,
contudo, não deve – e nem pode – dispensar ou desconhecer as parcerias que o auxiliam
na conquista e consolidação das metas ambicionadas.
O passo seguinte é saber dividir – com seus parceiros – o mérito de suas conquistas, em
cada um dos espaços onde está instalada ou atua, buscando, sempre que possível e
necessário, novas parcerias, estando aberto e à disposição de novas cooperações. O
empresário não pode desconsiderar que para continuar crescendo, sua empresa, agora
constituída, fortalecida e consolidada no mercado, para manter-se no topo, deve
estender a mão para as já existentes, ou novas parcerias, ajudando-as a, também
manter–se e consolidar-se no mercado. A crise é uma oportunidade para as empresas
exercitarem seu processo cooperativo.
Existem muitos exemplos de empresas, que após sua maturidade, lançam-se em novas
redes de relacionamento, com empresas do mesmo setor, ou de setores afins, de tal
forma que o empresariado, atuando em cooperação – principalmente em períodos de
crise – tem maiores chances de manter-se no mercado e fortalecer o processo
competitivo das empresas, seja em grupo ou em nível individual. Assim, a cooperação
lhes proporciona conquistas e melhorias competitivas que, atuando de forma isolada,
não lhes seriam possíveis.