Coluna da Tribuna: Reviravolta também na Amuvi

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 20/12/2024
Pedro Taborda e Primis de Oliveira

Depois de várias horas reunidos em salas diferentes, os membros de duas chapas que estavam inscritas para disputar a nova diretoria de Amuvi - Associação dos Municípios do Vale do Ivaí chegaram à conclusão que o melhor mesmo era um consenso para evitar um bate-chapa que poderia rachar a entidade. Os líderes das duas chapas, Carlos Gil, de Ivaiporã, presidente; e Rodolfo Mota, de Apucarana, vice; e, Fábio Hidek, de São João do Ivaí, presidente; e Elaine Ferreira, de Marumbi, vice, abriram mão da disputa. Gil indicou então Pedro Taborda, de Rio Branco do Ivaí, e Hidek o prefeito de Godoy Moreira, Primis, que assume no primeiro ano e Taborda comanda a Amuvi a partir do segundo ano. A composição agradou todos prefeitos e evitou uma divisão entre eles.

“Prejudicar outros candidatos” I

Quem lê atentamente o depoimento prestado no Ministério Público Eleitoral de Apucarana pela professora Shirley Aparecida Pepato Oliviere, que se auto declarou candidata a vereadora “laranja” pelo Democracia Cristã, fica questionando o que ela quis dizer quando fala em “NÃO PREJUDICAR OUTROS CANDIDATOS ”. “Agora, prejudicar o candidato eleito de seu partido, pode?”, indagou ontem um membro do DC. Outra indagação: “Como ela sabe quem entraria caso a chapa do DC vier a ser cassada, quando se diz uma mulher ingênua, politicamente falando?”. Para esse membro do DC, “em seu depoimento espontâneo ao Ministério Público, Shirley se mostrou muito desenvolta, o que é natural por ser professora e, por conseguinte, uma pessoa esclarecida”.

“Prejudicar outros candidatos” II

No mesmo dia que a professora Shirley Aparecida Pepato Oliviere foi depor no Ministério Público Eleitoral, por iniciativa própria, uma irmã dela a acompanhou e também fez questão de prestar depoimento, afirmando que “Shirley foi forçada a ser candidata pelo prefeito Junior da Femac, DE QUEM SOMOS PRIMAS”. O que não teria ficado bem esclarecido no depoimento da irmã, “se forçada, por que levou a candidatura até o fim e recebeu votos de familiares?”, indagam advogados do DC. E acrescentam: “Quem estaria motivando tudo isso?”, resposta que só a investigação da Justiça Eleitoral poderá dar. Além de supostos “interesses ocultos”, membros do DC não descartam também uma possível “rixa familiar”, já que Shirley e sua irmã são parentes de primeiro grau do prefeito Junior da Femac...

Cita: vitória do governo

O prefeito eleito de Arapongas, Rafael Cita (PSD), não tinha intenção de presidir o Cisvir - Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Ivaí e Região, mas não teve como dizer não a um pedido da Casa Civil do Governo do Estado para se candidatar ao cargo. Desde a semana passada começou a entabular conversas com alguns prefeitos integrantes do consórcio, de modo especial com o prefeito de Rio Bom, Moisés Andrade até então candidato declarado ao cargo. Acabaram se compondo e registraram a chapa na quarta- feira, um dia antes da eleição como recomenda o estatuto do Cisvir. Ontem, houve até uma tentativa de última hora de alguns prefeitos em manter Moisés na presidência, mas ao tomarem conhecimento de que Cita era candidato do governo preferiram elegê-lo sem maiores problemas.

Diplomação muito concorrida

Foi das mais concorridas a solenidade de diplomação dos prefeitos eleitos de Apucarana, Cambira e Novo Itacolomi, nesta quarta-feira, no salão Gralha Azul da Unespar, bem como dos respectivos vices e vereadores. Centenas de pessoas participaram do ato, incluindo familiares e convidados dos próprios diplomados. Quem está acostumado a presenciar solenidade de diplomação da Justiça Eleitoral na cidade garante que foi uma das mais prestigiadas dos últimos tempos. O juiz da 28ª Zona Eleitoral, dr. Rogério Tragibo de Campos, e o promotor eleitoral, dr. Gustavo Marinho, também demonstram estar felizes pela conclusão de mais esta etapa da eleição de 6 de outubro que, por conta de vários processos de investigação judicial eleitoral, ainda está longe de acabar.

DIPLOMAS CASSADOS EM MAUÁ DA SERRA

Três vereadores de Mauá da Serra tiveram seus diplomados cassados pela Justiça Eleitoral da Comarca de Marilândia do Sul, por fraude na cota de gênero. Lá duas candidatas a vereadora - uma do União Brasil, outra do PL - tiveram um ou dois votos e uma delas nem em si própria votou, gerando suspeitas que poderiam ser candidaturas “laranjas”. Os vereadores, dois eleitos pelo União Brasil, mesmo partido do prefeito eleito Givanildo Lopes, e um do PL vão recorrer ao TRE no cargo. As decisões podem afetar um terço das cadeiras da Câmara de Mauá da Serra, que tem nove vereadores.

VAPT-VUPT

VOTAÇÃO Os vereadores de Apucarana vão se reunir hoje, a partir das 9 horas, em sessão extraordinária para votar o relatório do vereador Moisés Tavares na denúncia apresentada contra o vereador Mauro Bertoli, por suposta armazenagem de pornografia infantil. Mauro, que foi condenado pela Justiça em primeira instância, recorreu ao Tribunal de Justiça e alega ser inocente.

SUSPENSÃO Pelo que se comenta, o relatório do vereador Moisés Tavares recomendaria a suspensão do mandato do vereador Mauro Bertoli pelo período de onze dias, ou seja até o término desta legislatura, já que Bertoli não se reelegeu. Por menor que seja a pena, Mauro não se conforma porque diz ter recebido o suposto vídeo em grupo de amigos na campanha eleitoral de 2020.

PEDÁGIO O governador Ratinho Junior, o vice-governador Darci Piana e secretários de Estado, participaram ontem do leilão do lote 6 de pedágio, realizado na Bolsa de Valores de São Paulo. Desta feita, ao contrário do que aconteceu no leilão do lote 3, malha norte, não houve disputa e apenas uma empresa apresentou proposta para administrar as rodovias que cortam as regiões oeste e sudoeste.