A expectativa aumenta com a aproximação do júri popular da auxiliar de laboratório Silmara de Castro Santana, de 27 anos, com início marcado para as 8h30 de amanhã (6), no plenário Juiz Luiz Fernando de Araújo Pereira, no Fórum Desembargado Clotário Portugal, na Comarca de Apucarana. Juízes, promotores de Justiça, serventuários e policiais se reuniram ontem para a definir como será organizado o acesso do público ao julgamento, que vai ser acompanhado pela imprensa de todo o Brasil.
Ficou definido que a partir das 8 horas de sexta-feira serão distribuídas senhas por ordem de chegada para que o plenário do fórum não fique superlotado, explicou o juiz João Gustavo Rodrigues Stolsis. O magistrado explicou que, a princípio, o júri deverá se presidido pela juíza titular da Vara Criminal, Ana Cristina Penhalbel Moraes. Mas como a meretíssima está de licença médica, que expira nesta quinta-feira (5), estou me preparando para uma eventual necessidade de substituí-la, explicou Stolsis.
A DENÚNCIA - Conforme denúncia oferecida pelo Ministério Público (MP), Silmara é apontada como mentora de um plano que resultou na morte de Gustavo Enrique Vogler Ribeiro, de 4 anos. Em 22 de outubro de 2004, Gustavo morreu em conseqüência de ter ingerido no dia anterior achocolatado com raticida. O líquido com raticida foi entregue por um mototaxista na porta da escola na qual o menino estudava em Apucarana. No mesmo dia da morte do garoto, Silmara foi presa sob suspeita de ter enviado o achocolatado com veneno à criança e também uma cesta com alimentos contendo raticida para a mãe do menino. Ela confessou à polícia que teria mantido um caso extraconjugal com o pai da criança e alega ter sofrido de profundo abalo psicológico quando a relação foi rompida. Silmara está presa na ala feminina da Cadeia Pública de Apucarana. Ela chegou a engravidar no cárcere, mas perdeu o bebê no 8° mês de gestação.
O PROCESSO - A escrivã Gislene Boutorin de Oliveira Cassol, do cartório da Vara Criminal da Comarca de Apucarana, detalhou que o processo judicial relativo ao caso do envenenamento da criança tem 929 folhas. Foram arroladas seis testemunhas - uma pelo Ministério Público e cinco pelos advogados de defesa. Segundo previsão feita ontem por fontes forenses, o julgamento de Silmara de Castro Santana deverá terminar por volta das 22 horas de sexta-feira (6).
ACUSAÇÃO - Os promotores de Justiça Eduardo Cabrini, Gustavo Marcel Fernandes Marinho e Valter Yuyama vão trabalhar na acusação, com a assistência do advogado londrinense Sílvio José Farinhole, que foi contratado pela família da vítima.
DEFESA - Os advogados João Batista e Petrônio Cardoso vão trabalhar na defesa de Silmara de Castro Santana, auxiliados por assistentes do próprio escritório de advocacia.
Mais detalhes na edição impressa de hoje (5), amanhã (6) e sábado da Tribuna do Norte - O Diário do Paraná
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