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Déficit de escrivães chega a 55% no Vale

Um dos temas discutidos na reunião da Associação dos Municípios do Vale do Ivaí (Amuvi), em Rosário do Ivaí, a defasagem do efetivo de segurança é um problema que afeta também a Polícia Civil. O déficit atinge desde delegados até agentes de operações, por

Da Redação

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Defasagem do efetivo de segurança é um problema que afeta também a Polícia Civil. Foto: Divulgação
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Defasagem do efetivo de segurança é um problema que afeta também a Polícia Civil. Foto: Divulgação
Escrito por Da Redação
Publicado em 29.05.2017, 08:42:00 Editado em 29.05.2017, 17:37:20
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Um dos temas discutidos na reunião da Associação dos Municípios do Vale do Ivaí (Amuvi), em Rosário do Ivaí, a defasagem do efetivo de segurança é um problema que afeta também a Polícia Civil. O déficit atinge desde delegados até agentes de operações, porém alguns setores estão com os trabalhos comprometidos por falta de profissionais. O Estado deveria ter, por exemplo, 1,4 mil escrivães, mas conta atualmente com apenas 703 em atividade, ou seja, praticamente metade da quantidade necessária. Os dados são da própria Polícia Civil.

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No interior, o problema fica ainda mais evidente. No Vale do Ivaí, o déficit no número de escrivães chega a 55%. De investigadores, 25%. Os cálculos foram feitos de acordo com estimativas de profissionais que atuam nas próprias delegacias, que acabam tendo a rotina de trabalho sobrecarregada, além de acumular funções. Os números sugeridos de profissionais estão longe do ideal, apesar de não haver um consenso sobre a quantidade adequada de profissionais necessários para cada cargo. 

Segundo o vice-presidente do Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná (Sinclapol), Daniel Luiz Santiago Cortês, o quadro mínimo de pessoal, para o funcionamento de uma delegacia, cumprindo a carga horária de 40 horas semanais, seria de 4 escrivães, mais um escrivão-chefe, e 12 investigadores, mais um superintendente.Na avaliação de Cortês, a defasagem na Polícia Civil tem se acentuado nos últimos anos. 

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“As contratações não conseguem repor as baixas de profissionais que se aposentam ou pedem exoneração”, diz. Além disso, ele observa que profissionais trabalham sobrecarregados e acumulam funções durante férias e licenças especiais ou médicas de colegas.“A falta de escrivães e investigadores compromete o atendimento à população e também a investigação de crimes, passando a sensação de impunidade aos criminosos”, diz. 

Como exemplo, Cortês cita um caso simples de furto. “O cidadão registra o furto de uma televisão na delegacia, mas, com a falta de investigadores, dificilmente chega-se ao receptador. Às vezes, chega em quem praticou o furto, mas sem a localização do produto furtado, geralmente, acaba na impunidade por falta de materialidade”, comenta.Na 17ª Subdivisão Policial (SDP), de Apucarana, o setor de furtos e roubos, que atende o maior número de ocorrências, conta com apenas três investigadores, que são responsáveis por investigar cerca de 30 ocorrências por dia. As ocorrências, além de Apucarana, também abrangem Cambira e Novo Itacolomi, municípios que pertencem a 17ª SDP. Com isso, o foco vai para os casos mais graves.

O investigador da 17ª SDP Rômulo Cardoso, que integra o Sindicato dos Policiais Civis de Londrina e Região (Sindpol), destaca que todas as carreiras apresentam déficit. 

“Para que conseguíssemos realizar um trabalho mais eficiente precisaríamos de 50 investigadores, mas trabalhamos em apenas 20. Escrivães seriam necessários sete, mas atualmente temos apenas dois”, diz. O déficit também atinge o cargo de delegado. O ideal seriam sete, mas apenas dois foram lotados para a 17ª SDP.No caso de Apucarana, a gestão do Minipresídio é compartilhada, o que culmina no desvio de função, assim como ocorre na maioria dos municípios da região, comprometendo ainda mais o trabalho de investigadores e escrivães.

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