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"honestíssima"

Temer: 'Às vezes falam de corrupção, mas é mentira. Dilma é honesta'

O ex-presidente manteve o posicionamento de que não houve golpe em 2016 e sim o "cumprimento da Constituição Federal"

Natália Santos (via Agência Estado)

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Michel Temer (MDB) afirmou nesta quinta-feira ue a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) é "honestíssima"
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Michel Temer (MDB) afirmou nesta quinta-feira ue a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) é "honestíssima"
Escrito por Natália Santos (via Agência Estado)
Publicado em 21.07.2022, 17:36:00 Editado em 21.07.2022, 20:35:36
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O ex-presidente Michel Temer (MDB) afirmou nesta quinta-feira, 21, que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) é "honestíssima" e que seu processo de impeachment foi decorrente de problemas políticos como a "dificuldade da petista de se relacionar com o Congresso Nacional e com a sociedade". Temer ainda citou as pedaladas fiscais e classificou a problemática como "uma coisa extremamente técnica". Em entrevista ao portal UOL, o ex-presidente manteve o posicionamento de que não houve golpe em 2016 e sim o "cumprimento da Constituição Federal".

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"Às vezes falam de corrupção, mas é mentira. Ela (ex-presidente Dilma) é honesta. O que eu sei e pude acompanhar, embora estivesse à margem do governo e embora fosse vice-presidente, não há nada que possa apodá-la de corrupta. Para mim, honestíssima. Houve problemas políticos. Ela teve dificuldade no relacionamento com o Congresso Nacional, teve dificuldade no relacionamento com a sociedade e teve as chamadas 'pedaladas', um coisa extremamente técnica, decretado pelo Tribunal de Contas da União. Esse conjunto de fatores é que levou multidões às ruas", disse Temer.

O emedebista também defendeu que a população teria sido responsável por tirar Dilma do cargo de presidente. "Quem derruba um presidente por impeachment não é o Congresso Nacional. É o povo na rua que influencia Congresso Nacional. Se não tiver povo na rua, não há a menor possibilidade de manifestação negativa no Congresso Nacional", afirmou.

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O ex-presidente ainda usou o espaço para se justificar e se distanciar da ideia, defendida pelo Partido dos Trabalhadores, de que ele foi um dos responsáveis pelo processo de impeachment da petista e, consequentemente, do que é hoje classificado por muitos como um golpe.

"Eu não participei de golpe nenhum. Quando começou a chamada procedência de acusação na Câmara dos Deputados, eu vim para São Paulo e fiquei no meu escritório por várias semanas por uma razão que eu reconheço existe: que o vice é sempre o primeiro suspeito. Só voltei na ultima semana quando todos me procuraram e avisavam que eu precisava estar em Brasília porque a Câmara ia votar procedente a acusação para depois remeter ao Senado. Eu não participei de golpe coisa nenhuma e nem acho que teve golpe. O que teve foi cumprimento da Constituição Federal."

Gestão Bolsonaro

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O encontro de Jair Bolsonaro com embaixadores nesta segunda-feira, 18, foi classificado por Temer como "um equívoco brutal". "Falar mal do Brasil para os Estados estrangeiros desmoraliza o País", disse. Segundo embaixadores ouvidos pelo Estadão, a ofensiva de Bolsonaro contra o sistema de votação eletrônica foi vista como um ato de campanha eleitoral e não mudou a impressão geral de confiança na segurança das eleições brasileiras.

Ao ser questionado sobre os anos do mandato de Bolsonaro, Temer afirmou que o chefe do Executivo cometeu um "grande erro político" ao negar a vacinação contra a covid-19. "Se ele logo no começo da pandemia tivesse assumido o combate à pandemia, tivesse chamado governadores, importado vacinas, visitado os Estados, ele teria produzido um benefício extraordinário para ele. Ele trabalha contra ele próprio", disse.

Temer também negou que tenha ajudado Bolsonaro, principalmente no 7 de Setembro de 2021. "No dia 7 de setembro, eu não ajudei o Bolsonaro. Eu ajudei o Brasil. Eu ajudo a pacificar o Brasil, quando me chamam", disse. Nessa data, Bolsonaro declarou à multidão presente na Avenida Paulista, em São Paulo, que não mais cumpriria decisões do ministro do STF Alexandre de Moraes. A fala gerou grande tensão política e partidos chegaram a ensaiar assinaturas para um processo de impeachment contra o presidente. Ele teve de recuar e aceitou ajuda de Temer para redigir uma "carta à nação" com trégua, já expirada, nos ataques ao Judiciário.

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