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ATUALIZADA - Filho de ministro do TCU é um dos alvos de nova fase da Lava Jato

BELA MEGALE, ESTELITA HASS CARAZZAI E GABRIELA SÁ PESSOA BRASÍLIA, DF, CURITIBA, PR, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Filho de Aroldo Cedraz, ministro do TCU (Tribunal de Contas da União), o advogado Tiago Cedraz é um dos alvos da 45ª fase da Operação Lava

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 23.08.2017, 10:15:09 Editado em 23.08.2017, 10:15:09
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BELA MEGALE, ESTELITA HASS CARAZZAI E GABRIELA SÁ PESSOA

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BRASÍLIA, DF, CURITIBA, PR, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Filho de Aroldo Cedraz, ministro do TCU (Tribunal de Contas da União), o advogado Tiago Cedraz é um dos alvos da 45ª fase da Operação Lava Jato, que cumpre mandados de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (23).

A reportagem apurou que a Polícia Federal está em sua casa, em Brasília, e que Cedraz será intimado a depor.

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O caso de Cedraz é um dos quatro mandados de busca e apreensão desta quarta (23) em desdobramento da Operação Abate, como foi batizada 44ª fase da Operação Lava Jato. A Polícia Federal está nas ruas de Salvador, Brasília e de Cotia, na região metropolitana de São Paulo.

Segundo investigadores, Cedraz teria tentado favorecer a Sargeant Marine, empresa americana que fornecia asfalto à Petrobras. Ele também teria participado de reuniões em que se planejou o pagamento de propinas a agentes da estatal.

Segundo as investigações, o advogado também teria recebido comissões pela contratação da Sargeant Marine em contas de off-shore na Suíça.

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Cedraz já foi citado no depoimento do lobista Jorge Luz, que está preso em Curitiba e tentou fechar um acordo de delação premiada, sem sucesso.

Luz relatou que o advogado recebeu cerca de US$ 20 mil em pagamentos ilícitos e intermediou o contato entre a empresa americana e a Petrobras.

HISTÓRICO

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Não é a primeira vez que Cedraz aparece na Lava Jato.

Até aqui, seu nome havia sido mencionado em investigações envolvendo o TCU, do qual seu pai, Aroldo Cedraz, é ministro.

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A operação desta quarta (23) levanta uma nova suspeita contra o advogado, como suposto intermediário e lobista na Petrobras.

Delator da operação, o empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC, já havia acusado o advogado de atuar no TCU, junto ao ministro Raimundo Carreiro, para facilitar o processo da usina Angra 3, sob análise no tribunal. Cedraz teria recebido R$ 50 mil mensais da empreiteira.

Um delator da Odebrecht, Henrique Pessoa, também mencionou ter feito o pagamento de R$ 1 milhão ao escritório de Tiago Cedraz, para atuação no mesmo processo de Angra 3.

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Uma reportagem da Folha de S.Paulo mostrou que advogados do escritório de Tiago Cedraz atuam ou atuaram em 182 ações no TCU.

As delações geraram um inquérito no Supremo Tribunal Federal, que está em andamento.

Cedraz sempre negou as suspeitas e afirma que nunca recebeu pagamentos da UTC ou da Odebrecht.

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De acordo com a assessoria, o escritório do advogado "sempre pauta sua atuação pelo rigoroso cumprimento da legislação vigente, resultando inclusive na observância dos devidos impedimentos".

OUTRO LADO

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Em nota, Cedraz reiterou "sua tranquilidade quanto aos fatos apurados por jamais ter participado de qualquer conduta ilícita".

Disse ainda que confia na apuração conduzida pela força-tarefa da Lava Jato e permanece à disposição para quaisquer esclarecimentos necessários.

ABATE

Deflagrada na semana passada, a Operação Abate ordenou a prisão do ex-deputado-federal Cândido Vaccarezza, ex-líder do PT na Câmara. O ex-parlamentar foi solto na terça (22), por decisão do juiz Sergio Moro.

Vaccarezza é acusado de supostamente ter recebido pelo menos US$ 478 mil (cerca de R$ 1,5 milhão, no câmbio atual) por contratos da Petrobras com a Sargeant Marine, empresa norte-americana que fornecia asfalto à estatal.

As investigações apontam que o ex-deputado influenciava negócios na diretoria de Abastecimento, sob influência do PP, e que ele "apadrinhou" 12 contratos de fornecimento de asfalto.

Moro contrariou o pedido de prisão preventiva do político feito pelo Ministério Público Federal, que venceria na terça (22). O juiz considerou que as provas sobre o envolvimento de Vaccarezza em outros crimes eram limitadas e que, por não ter sido reeleito em 2014, o ex-deputado não teria mais influência política.

Vaccarezza terá de entregar seu passaporte e pagar R$ 1,5 milhão em fiança, no prazo de dez dias.

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