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Juventude do PSDB paulista critica aproximação entre deputados e MBL

ANGELA BOLDRINI BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A juventude do PSDB paulista criticou nesta terça-feira (22) a aproximação de deputados da ala jovem do partido na Câmara -os chamados "cabeças-pretas"- com integrantes do MBL (Movimento Brasil Livre). Em nota,

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 22.08.2017, 20:35:10 Editado em 22.08.2017, 20:35:10
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ANGELA BOLDRINI

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A juventude do PSDB paulista criticou nesta terça-feira (22) a aproximação de deputados da ala jovem do partido na Câmara -os chamados "cabeças-pretas"- com integrantes do MBL (Movimento Brasil Livre).

Em nota, o grupo afirma que não vê mais "utilidade" no movimento de direita que ganhou notoriedade como um dos protagonistas dos atos pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff, e diz que sua agenda está "esgotada". "(...) não se observa mais utilidade a essa organização que, aliás, nunca deixou clara sua origem, seu funcionamento e, principalmente, seu método de financiamento", diz o texto.

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Nesta terça, a Folha de S.Paulo publicou que deputados da ala jovem do partido e integrantes do MBL planejam união para as eleições de 2018, em que o movimento pretende lançar ao menos 15 candidatos para deputado federal, incluindo o coordenador Kim Kataguiri.

"A maioria deles [cabeças-pretas] nunca fez parte da juventude do partido", afirmou o secretário-geral da juventude tucana paulista, Marcos Saraiva. "Respeitamos a posição dos deputados, mas eles não podem falar pela juventude."

'HUMOR TOSCO'

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Na nota, a juventude tucana diz ainda que o MBL "adota como prática a intimidação e a ridicularização dos seus adversários políticos" e tem um "humor tosco de quem gosta de ostentar um intencional desconhecimento sobre os desafios do Brasil e da sua juventude".

"Alguns membros da juventude paulista têm relação com o MBL, mas nós acreditamos que a participação do jovem na política deve se dar por meio de partidos", afirma Saraiva.

A JPSDB-SP afirma ainda que o partido "deve se dedicar à construção de base e a observância de seu programa fundador" e que não há "elo que sirva para justificar tal coalizão tão sem propósito".

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Sobre o racha do PSDB entre aqueles que querem deixar o governo Michel Temer e aqueles que querem o desembarque, Saraiva evitou se posicionar e afirma que a juventude seguirá "a decisão do partido".

Leia a íntegra da nota:

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"A Juventude do PSDB de São Paulo esclarece que os parlamentares a que a matéria da Folha faz referência já não compõem mais, ou jamais compuseram, o Secretariado de Juventude do PSDB e, ainda que tragam novo vigor à bancada tucana no Congresso Nacional, respondem cada um por seu mandato e não pelo Secretariado de juventude do partido.

Em nossa leitura, o MBL como movimento político teve importante papel no processo de impeachment da ex-Presidenta Dilma Rousseff, mas, hoje, tem sua agenda esgotada e não se observa mais utilidade a essa organização que, aliás, nunca deixou clara sua origem, seu funcionamento e, principalmente, seu método de financiamento. Não à toa, o movimento adota como prática a intimidação e a ridicularização dos seus adversários políticos, quando não da própria imprensa que ousa questionar suas falácias e hipocrisias.

Tudo o que se conhece do MBL é a pregação de um liberalismo difuso e contraditório -verbalizado pelo humor tosco de quem gosta de ostentar um intencional desconhecimento sobre os desafios do Brasil e da sua juventude- além de um completo desprezo ao papel da política como motor da mudança social.

Em virtude destas considerações, acreditamos ser perniciosa a aproximação institucional e política do PSDB com o MBL. A Juventude do PSDB do Estado de São Paulo aproveita, ainda, para convidar o Movimento Brasil Livre ao debate honesto e transparente sobre o seu modo de financiamento, desafiando-o publicamente a disponibilizar prestação de contas periódica do movimento.

Os jovens quadros do movimento ainda terão muito tempo para encontrar seu espaço na política nacional e isso haverá de acontecer. Até lá, porém, (e até definirem suas reais motivações políticas), o PSDB deve se dedicar à construção de base e a observância de seu programa fundador, pois não há, ainda, elo que sirva para justificar tal coalizão tão sem propósito.

O PSDB é um partido com 29 anos de história, que pode se orgulhar de uma extensa lista de vitórias, ao lado do povo brasileiro e por ele liderado, em favor da democracia, da liberdade e do desenvolvimento do país. Não será agora, portanto, que este partido se renderá à retórica neopopulista de direita que, apartada de qualquer base social, vive de transformar em marketagem o debate político."

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