SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em meio a críticas ao veto de empresas financiarem campanhas eleitorais, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes, disse nesta segunda (21) que o fundo de R$ 3,6 bilhões seria insuficiente para o custeio de campanhas de deputados em 2018, se o sistema eleitoral não for modificado.
Ele diz que em 2014 foram gastos pelo menos R$ 5 bilhões para as campanhas dos parlamentares e "logo, isso não seria suficiente para custear uma campanha nos mesmos termos".
"Por isso o meu temor de que nós comecemos a ter dinheiro ilícito de outras fontes", disse Gilmar. "O fundo público sustentará esse sistema e as doações de pessoas físicas serão suficientes ou nós vamos ter de novo uma enxurrada de caixa dois e tudo o mais?", questionou o ministro, que também é membro do Supremo Tribunal Federal, em evento sobre a reforma política organizado pelo jornal "O Estado de S. Paulo".
"Se nós colocarmos isso em um plebiscito, certamente vamos ter respostas como: não se quer fundo público e não se quer também financiamento corporativo. Então a pergunta básica é: como fica?"
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