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ATUALIZADA - Ex-deputado Vaccarezza é preso na Lava Jato

BELA MEGALE E RAFAEL NEVES BRASÍLIA, DF, E CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) - Mais de dois anos depois de ser delatado pela primeira vez, o ex-líder do PT na Câmara dos Deputados Cândido Vaccarezza foi detido pela Operação Lava Jato na manhã desta sexta (18). A

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 18.08.2017, 20:45:03 Editado em 18.08.2017, 20:45:03
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BELA MEGALE E RAFAEL NEVES

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BRASÍLIA, DF, E CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) - Mais de dois anos depois de ser delatado pela primeira vez, o ex-líder do PT na Câmara dos Deputados Cândido Vaccarezza foi detido pela Operação Lava Jato na manhã desta sexta (18).

A Polícia Federal deflagrou duas fases ao mesmo tempo: a 43ª, chamada de "Sem Fronteiras", e a 44ª, batizada de "Abate". Vaccarezza está envolvido nesta última.

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Segundo a força-tarefa, o ex-deputado recebeu pelo menos US$ 478 mil (R$ 1,51 milhão no câmbio atual) em espécie por contratos da Petrobras com a Sargeant Marine, uma empresa norte-americana que produzia asfalto para a estatal.

Segundo as investigações, Vaccarezza tinha ascendência em negócios da Petrobras ligados à Diretoria de Abastecimento, que estava sob influência do PP, e "apadrinhou" 12 contratos de fornecimento de asfalto, num total de US$ 180 milhões.

Além de registros de visitas do ex-deputado à sede da Petrobras, no Rio, a PF colheu e-mails entre Vaccarezza e Jorge Luz, lobista citado por vários delatores e preso na 38ª fase da Lava Jato.

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Nas mensagens, Luz -que teria mediado os contatos entre a Sargeant Marine e a Petrobras- e Vaccarezza acertam detalhes de viagens que o ex-deputado fez aos EUA.

Em ambas, em 2009 e 2012, Vaccarezza teria visitado a matriz da Sargeant Marine, que fica na cidade.

Ex-petista, ele atualmente estava no Avante, novo nome do PT do B.

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Outro indício foi um pendrive encontrado na casa de Othon Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear, preso em 2015 e já condenado pela Justiça Federal do Rio de Janeiro a 43 anos de prisão.

No pendrive havia reproduções de e-mails com discussões sobre o lobby que se fazia envolvendo o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa para que a Sargeant Marine fosse contratada.

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Entre os participantes das reuniões estariam dois políticos identificados pela sigla "V1" e "V2", e Vaccarezza seria um deles. Na casa do ex-deputado, em São Paulo, foram encontrados R$ 122 mil em espécie. Segundo a PF, ele não soube explicar a origem do dinheiro.

O esquema foi descrito pela primeira vez por Costa ainda no final de 2014, mas as citações a Vaccarezza -que ainda era parlamentar à época- foram consideradas superficiais.

"A dificuldade de se comprovar essa solicitação de propina, que teria sido em espécie, fez a investigação seguir por quase dois anos", diz delegado Felipe Pace, da PF.

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As investigações apontam que Vaccarezza era procurado por funcionários de baixo escalão da Petrobras "para que os cargos fossem ocupados com pessoas dispostas a defender o então governo e o Partido dos Trabalhadores", escreveu o juiz Sergio Moro ao autorizar a prisão.

"Isso mostra que ao menos esses funcionários também tinham conhecimento do loteamento político", diz Pace.

OUTRO LADO

Em nota, o advogado de Vaccarezza, Marcellus Ferreira Pinto, negou que o ex-deputado tenha intermediado negociações entre empresas privadas e a Petrobras.

A defesa afirma que a prisão foi decretada "com base em delações contraditórias, algumas já retificadas pelos próprios delatores".

"A busca e apreensão excedeu os limites da decisão judicial, confiscando valores declarados no Imposto de Renda e objetos pertencentes a terceiros sem vínculo com a investigação. A defesa se manifestará nos autos e espera que a prisão seja revogada e as demais ilegalidades corrigidas", diz o advogado.

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