MAIS LIDAS
VER TODOS

Política

ATUALIZADA - Dilma e políticos gaúchos se despedem de Carlos Araújo em Porto Alegre

ALEXANDRE ELMI PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) - Familiares, amigos e políticos de expressão regional estiveram no velório do advogado trabalhista Carlos Araújo, ex-marido da presidente Dilma Rousseff, morto na madrugada deste sábado (12) em Porto Alegre, a

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 12.08.2017, 18:55:07 Editado em 12.08.2017, 18:55:07
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

ALEXANDRE ELMI

continua após publicidade

PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) - Familiares, amigos e políticos de expressão regional estiveram no velório do advogado trabalhista Carlos Araújo, ex-marido da presidente Dilma Rousseff, morto na madrugada deste sábado (12) em Porto Alegre, aos 79 anos.

Araújo não resistiu a complicações pulmonares e morreu à 0h01, na UTI do Hospital São Francisco, no Complexo Hospitalar da Santa Casa de Porto Alegre.

continua após publicidade

O velório teve início às 15h na Assembleia Legislativa gaúcha e foi aberto ao público pouco depois para que os parentes mais próximos tivessem contato reservado com o corpo do político.

A ex-presidente Dilma intercalou momentos ao lado do caixão e em um espaço restrito, com acesso ao salão Julio de Castilhos da Assembleia. Ela voltava ao saguão para receber os cumprimentos de amigos, familiares e políticos. Até a publicação desta reportagem, ela não havia conversado com a imprensa sobre a morte do ex-companheiro.

A petista ficou em pé, boa parte do tempo, na companhia da filha que teve com Araújo, a promotora do trabalho Paula Rousseff de Araújo, e do genro, Rafael Covolo.

continua após publicidade

Colega de ministério no governo Lula, Tarso Genro, ex-governador do Rio Grande do Sul (2011-2014) pelo PT e ex-ministro da Justiça, chegou por volta das 16h50. Abraçou a ex-presidente e conversaram brevemente.

Na saída, abatido, Tarso lamentou a perda do amigo. Sublinhou o passado de luta pela democracia do político morto. "A gente está em uma idade de perder as nossas melhores referências", disse Genro.

O tom de perda de um amigo também caracterizou as palavras do ex-governador Olívio Dutra (PT), para quem Araújo exercia uma liderança que chamou de "franca e fraterna".

continua após publicidade

Dutra lembrou o envolvimento do político nos movimentos sociais e sindicais na década de 1980 e o trabalho de Araújo como deputado estadual por três mandatos. "Era daqueles militantes que não vacila, na luta pelos direitos do trabalhador", ressaltou Dutra.

Para o ex-deputado federal e um dos líderes do PDT no Rio Grande do Sul Carlos Eduardo Vieira da Cunha, Araújo tinha como marca a capacidade de diálogo.

continua após publicidade

"Ele era um trabalhista, mas tinha relação com todas as forças de esquerda", afirmou Vieira da Cunha ao chegar ao velório.

Em nota, o governador José Ivo Sartori (PMDB-RS) afirmou que Araújo "se destacava pelo espírito democrático, se relacionando de forma fraternal e sempre respeitando posições diversas".

TRAJETÓRIA

continua após publicidade

Nascido em São Francisco de Paula, RS, em 1938, Carlos Franklin Paixão de Araújo era filho do também advogado trabalhista Afrânio Araújo, de quem herdou o gosto pelo direito e pela política.

Na década de 1950, ingressou na Juventude Comunista e integrou a delegação brasileira para o Festival da Juventude de Moscou em 1957. Anos mais tarde, integrou a organização guerrilheira VAR-Palmares, na qual em 1969 conheceu a futura mulher, Dilma Rousseff, com quem viveu até 2000 e depois seguiu como amigo.

Max, codinome pelo qual era conhecido nos tempos de luta armada, foi preso pela ditadura militar em julho de 1970, meses após a captura de Dilma. Ele deixou a cadeia em 1974, mesmo ano em que perdeu o pai e assumiu o escritório de advocacia que existe até hoje na capital gaúcha.

Na carreira política, era ligado a Leonel Brizola e foi um dos fundadores do PDT, partido pelo qual se elegeu deputado estadual por três vezes e chegou a disputar a Prefeitura de Porto Alegre, em 1988 -na época, perdeu a eleição para Olívio Dutra, que inaugurou a série de quatro gestões seguidas na cidade sob comando do PT.

Em 2000, junto com Dilma e outros correligionários, Araújo deixou o PDT e passou a se dedicar a o escritório que mantém na capital gaúcha.

Mesmo afastado da vida política, Carlos Araújo não deixou de opinar sobre assuntos políticos contemporâneos. Sobre o processo que levou ao impeachment da amiga e ex-mulher da Presidência, Araújo considerava que houve um "golpe" e que Dilma foi abandonada pelo PT.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Política

    Deixe seu comentário sobre: "ATUALIZADA - Dilma e políticos gaúchos se despedem de Carlos Araújo em Porto Alegre"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!