RANIER BRAGON E LAÍS ALEGRETTI
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Às 10h10 desta quarta (2), quando o advogado de Temer Antonio Cláudio Mariz falava na tribuna, apenas 151 deputados haviam registrado presença no plenário da Câmara.
Outros 74 já chegaram ao Congresso, mas ainda não fizeram o procedimento que possibilita a contagem dessa presença para o quorum (a identificação digital em alguma das bancadas do plenário).
Para que tenha início a votação, é preciso haver registro de presença no plenário de pelo menos 342 dos 513 deputados. Esse é o mesmo número necessário para que o STF seja autorizado a analisar a denúncia contra Temer.
Como quatro deputados não vão votar Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, e outros três que estão licenciados, Temer precisa do apoio de 168 parlamentares (voto contra a denúncia, abstenção ou ausência) para barrar a acusação da Procuradoria-Geral da República.
ESTRATÉGIA
Um dos principais defensores do presidente Michel Temer, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) critica a estratégia da oposição de não registrar presença para atrasar a votação. "Viraram fantasmas vagando pelo salão verde, cadáveres insepultos", disse.
"A oposição não tem nem perto do número de votos necessários para promover o afastamento do presidente. Quanto ao quorum, estou otimista, mas não vou dizer que tenho certeza. [...] A hora que a oposição aparecer, sofrerá derrota histórica", disse.
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