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ATUALIZADA - MST invade terras ligadas a Eike Batista em Minas

OBS.: Inclui TERRAS-PROTESTOS e TERRAS-PROTESTOS 3 JOÃO PEDRO PITOMBO, GABRIELA SÁ PESSOA, ENVIADA ESPECIAL, E FELIPE BÄCHTOLD SALVADOR, BA, DUARTINA, SP E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) invadiu nesta qu

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 26.07.2017, 20:40:03 Editado em 26.07.2017, 20:40:03
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OBS.: Inclui TERRAS-PROTESTOS e TERRAS-PROTESTOS 3

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JOÃO PEDRO PITOMBO, GABRIELA SÁ PESSOA, ENVIADA ESPECIAL, E FELIPE BÄCHTOLD

SALVADOR, BA, DUARTINA, SP E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) invadiu nesta quarta-feira (26) fazendas ligadas ao empresário Eike Batista. As invasões fazem parte da Jornada por Reforma Agrária, na qual a entidade iniciou uma estratégia de ações em terras de políticos e empresários que enfrentam acusações de corrupção.

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Ocorreram invasões de fazendas e de órgãos públicos em 12 Estados, incluindo propriedades do coronel aposentado João Baptista Lima Filho, amigo de Michel Temer e investigado após a delação da JBS, do ministro Blairo Maggi (Agricultura), e de Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF -esta desocupada nesta quarta após ordem judicial.

Famílias de sem-terra invadiram um complexo de fazendas com 700 hectares em São Joaquim de Bicas, em Minas Gerais, que pertence à MMX, empresa de mineração de Eike. Cerca de 200 famílias participam da ação.

A reportagem não conseguiu contato com a MMX. O empresário enfrenta acusações de ter pago propina ao ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) e cumpre prisão domiciliar.

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Segundo o MST, a fazenda "está devastada pela degradação ambiental" e as atividades da mineradora "podem acarretar uma crise do abastecimento de água" na região metropolitana de BH.

Os sem-terra também invadiram, no Rio Grande do Norte, uma área de um projeto apoiado pelo ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB).

O peemedebista também enfrenta suspeitas de corrupção relacionadas à Operação Lava Jato. Ele cumpre prisão preventiva na penitenciária da Papuda (DF) desde junho.

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Foram invadidas ainda nesta quarta fazendas em Mato Grosso do Sul e Paraná, além das sedes do Incra em Pernambuco e Maranhão.

"Essas terras obtidas ou envolvidas nos esquemas de corrupção precisam ser confiscadas e destinadas a famílias sem-terra, para que elas tenham trabalho e produzam alimentos pro campo e pra cidade", disse em nota Gilmar Mauro, da direção do MST.

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AMIGO DE TEMER

Na fazenda Esmeralda, do coronel Lima, em Duartina, as paredes foram pichadas com frases como "Fora, Temer" e "Corruptos, devolvam nossas terras". Cerca de 800 militantes dormem na propriedade, acampados em barracas de camping ou em colchões no galpão de máquinas.

Segundo a Polícia Civil, um agricultor arrendatário dessas terras registrou boletim de ocorrência informando o furto de quarto cabeças de gado, que teriam sido abatidos para alimentar os acampados. A ocorrência, segundo o MST, é uma tentativa de incriminar a ação na fazenda e que o gado foi doado.

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A Justiça determinou a saída imediata do grupo ainda na terça (25) -o que não aconteceu até as 20h. No fim da tarde, a PM foi à terra notificar os manifestantes.

Os acampados planejam ficar até 2 de agosto, quando o Congresso votará a denúncia contra Temer. Após essa data, prometem sair pacificamente.

O caseiro e o administrador da fazenda não deixaram o local e disseram que não houve conflitos com os sem-terra. Esta é a quinta vez que a propriedade é invadida, a segunda delas pelo MST.

Lima cobra na Justiça R$ 505 mil de integrantes do movimento por supostos prejuízos que teve com a ação deles em sua fazenda em 2016. Ele apresentou queixa-crime contra três membros do movimento. A Justiça abriu a ação em junho deste ano.

O valor, segundo a defesa, é referente a depredações e furtos ocorridos na propriedade ao longo de cinco dias de invasão, em maio do ano passado, em meio à posse de Temer na Presidência.

O amigo do presidente sustenta que durante a ação dos sem-terra 41 de 338 cabeças de gado na fazenda sumiram.

A advogada Lorana Prado, que atua para o MST, diz que os proprietários historicamente fazem queixas de depredação e furto após as ações dos sem-terra apenas para "denegrir o movimento".

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