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ATUALIZADA - MST anuncia invasões em fazendas de amigo de Temer e de Ricardo Teixeira

GABRIELA SÁ PESSOA E SÉRGIO RANGEL SÃO PAULO, SP, E RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O MST (Movimento dos Trabalhadores sem Terra) divulgou nota, na manhã desta terça (25), afirmando que invadiu uma série de fazendas ligadas a políticos e empresários inv

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 25.07.2017, 09:10:08 Editado em 25.07.2017, 09:10:08
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GABRIELA SÁ PESSOA E SÉRGIO RANGEL

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SÃO PAULO, SP, E RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O MST (Movimento dos Trabalhadores sem Terra) divulgou nota, na manhã desta terça (25), afirmando que invadiu uma série de fazendas ligadas a políticos e empresários investigados por corrupção. Entre elas, estão as propriedades de Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), e do coronel João Baptista Lima, amigo do presidente Michel Temer (PMDB).

A ação, segundo o movimento, é parte da Jornada Nacional de Lutas, em razão do Dia dos Trabalhadores Rurais nesta terça (25). O lema é "corruptos, devolvam nossas terras!".

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O MST afirma ainda ter invadido as propriedades de Blairo Maggi, ministro da Agricultura, em Rondonópolis (MT), a base militar de Alcântara, no Maranhão, a sede do Incra (Instituto Nacional da Reforma Agrária) no Sergipe e uma fazenda no Paraná. É a segunda vez que o MST age na fazenda de Lima. Em maio de 2016, eles foram à fazenda para "denunciar as conspirações golpistas de Temer". Afirmam que, naquela ocasião, encontraram cartas endereçadas a Temer e materiais de sua campanha a deputado federal de 2006.

Oficialmente, a propriedade, batizada de fazenda Esmeralda, está registrada parte no nome de Lima (749,1 hectares) e parte (1.245,84 hectares) no nome da Argeplan, escritório de arquitetura e engenharia de que o coronel é sócio.

Procurada pela reportagem nesta manhã, a Polícia Militar de Duartina confirma que há uma ocorrência em andamento na fazenda, mas não informou detalhes sobre o caso. O movimento afirma que há 800 militantes no local.

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Lima coordenou todas as campanhas de Temer ao Congresso, desde 1986. Foi assessor de Temer na Secretaria da Segurança Pública nos governos Franco Montoro (1983-1987) e Luiz Antônio Fleury Filho (1991-1995).

Hoje, é um dos principais investigados pela Polícia Federal nos inquéritos envolvendo o presidente.

Executivos da JBS afirmaram, em acordo de delação, que a empresa deu R$ 1 milhão nas mãos de Lima, em 2014, como parte de um suposto acordo feito entre Temer e Joesley Batista.

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Em maio, durante a Operação Patmos, a PF encontrou no escritório da Argeplan documentos que reforçavam o elo do coronel com o peemedebista.

Havia registros de reforma de imóveis de familiares de Temer, envelopes com movimentações bancárias, programação de pagamento do escritório político de Temer e recortes de reportagens, publicadas em jornais e revistas, sobre corrupção e propina ligadas ao presidente.

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A reportagem não conseguiu localizar o coronel até as 8h.

TEIXEIRA

Ainda de acordo com o movimento, mais de 300 famílias ocuparam a fazenda de Ricardo Teixeira em Piraí, região do sul fluminense.

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Teixeira é acusado na Espanha e nos EUA de participar de um esquema de corrupção na venda de direitos dos jogos da seleção e de torneios internacionais.

Desde então, ele nunca mais deixou o Brasil temendo ser preso.

De acordo com o MST, a máfia no futebol brasileiro é produto de exportação. Na nota, o movimento diz que Ricardo Teixeira não só desencadeou todo um sistema de estelionato sobre o futebol e lavagem de dinheiro no Brasil, segundo estimam procuradores do Ministério Público Federal, como sua expertise em corrupção no futebol é pauta do FBI e da polícia espanhola.

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Nesta segunda (24), a Procuradoria-Geral da República pediu a transferência para o Brasil do procedimento penal instaurado na Espanha contra o dirigente, que comandou a CBF por mai de duas décadas.

O objetivo do órgão é ter acesso aos detalhes e provas da investigação espanhola para viabilizar uma investigação ao cartola no Brasil.

A fazenda Santa Rosa, de Teixeira, foi o elo entre o ex-presidente da CBF e a Ailanto Marketing, investigada por superfaturar amistoso da seleção com Portugal, em novembro de 2008.

A Ailanto pertence a Sandro Rosell, ex-presidente do Barcelona, preso desde maio na Espanha. O cartola espanhol é acusado de lavar dinheiro, entre outros crimes, em negociações envolvendo os direitos da seleção.

A Ailanto foi dona dona de uma empresa que tinha como endereço a fazenda de Teixeira.

A VSV Agropecuária Empreendimentos Ltda arrendou a fazenda do cartola em 2008 e pagaria R$ 600 mil ao longo de cinco anos. O jogo foi bancado por R$ 8,5 milhões em dinheiro público.

Segundo funcionários da fazenda, a VSV nunca trabalhou lá.

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