ÂNGELA BOLDRINI E DANIEL CARVALHO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O líder do PSDB na Câmara, Ricardo Trípoli (SP), afirmou nesta quarta-feira (28) que vê hoje condição menor de o partido permanecer no governo do que à época da reunião da Executiva do partido, em 12 de junho.
"O partido está avaliando diariamente. Eu diria que a condição [de permanecer] é muito menor do que foi naquela reunião nossa", disse o deputado antes de reunião da bancada da sigla que contou com a presença do prefeito de São Paulo, João Doria.
"Há uma preocupação muito grande porque nós precisamos de respostas que não foram dadas, e a situação é grave", afirmou.
Segundo ele, o partido não deve trocar nenhum de seus sete membros na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), que analisará primeiro a admissibilidade da denúncia contra o presidente Michel Temer na Casa. Também afirmou que os parlamentares da comissão poderão votar como quiserem. "O ideal seria que houvesse uma única posição, mas eles estarão livres".
Trípoli, porém, disse que o direito de defesa do presidente "não pode ser negado".
Ele também afirmou que "não pode gerar instabilidade" e que o partido continuará apoiando a agenda de reformas.
2018
Em palestra para empresários em Brasília, Doria disse não se apresentar como candidato à Presidência em 2018 por lealdade ao governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), seu padrinho político. No entanto, afirmou, quem escolhe os candidatos nos grandes partidos é o povo.
As declarações foram dadas em resposta a empresários que participaram do almoço em um hotel em Brasília.
"Aprendi com meu pai a ter lealdade. Essa é uma característica que eu aprecio e tenho. Tenho lealdade ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Jamais eu teria atitudes para atropelá-lo, colocá-lo em situação de constrangimento diante de alguém que sempre me prestigiou, me dedicou amizade", afirmou.
O prefeito disse que o momento de decidir a candidatura do PSDB à Presidência chegaria e se daria "sem constrangimentos, sem mágoas, sem machucaduras e de uma forma natural".
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