CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) - A defesa de Antonio Palocci informou que irá recorrer da sentença, e argumenta que o ex-ministro não interferiu para favorecer a Odebrecht.
"Não houve determinação direta ou intervenção do ex-ministro na licitação das sondas", afirmou à Folha o advogado Alessandro Silvério, que defendeu Palocci no caso.
Para o advogado, como não interferiu, o petista não tem como ser condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, que seriam inexistentes.
A defesa argumenta que havia "política de governo" para incentivar empresas nacionais a participarem das licitações do pré-sal, mas isso não significa que houve atos de corrupção a favor a Odebrecht.
"Se a atividade política está sendo considerada criminosa, essa é uma interpretação muito particular", disse.
Os defensores de João Santana e Mônica Moura, condenados por lavagem de dinheiro, afirmaram que os recursos foram recebidos "em decorrência de serviços de marketing efetivamente prestados". Delatores, eles cumprirão as penas previstas no acordo.
Já a defesa do ex-tesoureiro João Vaccari Neto disse que a decisão é "baseada exclusivamente em palavra de delator". Para o advogado Luiz Flávio Borges D'Urso, a condenação é injusta.
A Odebrecht, em nota, reafirmou o compromisso de colaborar com a Justiça.
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