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ATUALIZADA - Em depoimento, Cunha diz que seu silêncio 'nunca esteve à venda'

ESTELITA HASS CARAZZAI E MARIO CESAR CARVALHO CURITIBA, PR, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em depoimento à Polícia Federal, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) declarou nesta quarta (14) que seu silêncio "nunca esteve à venda", negou qualquer recebiment

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 14.06.2017, 16:30:12 Editado em 14.06.2017, 16:30:14
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ESTELITA HASS CARAZZAI E MARIO CESAR CARVALHO

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CURITIBA, PR, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em depoimento à Polícia Federal, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) declarou nesta quarta (14) que seu silêncio "nunca esteve à venda", negou qualquer recebimento de propina para não fazer delação e afirmou que não foi procurado por nenhum representante do presidente Michel Temer com o objetivo de comprar o silêncio dele.

Cunha frisou que não foi procurado "direta ou indiretamente" por interlocutores do doleiro Lucio Funaro para que ele não fizesse revelações sobre supostos negócios ilícitos.

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Em gravação feita por Joesley com o presidente Temer, o empresário conta que está agindo para manter boas relações com Eduardo Cunha e o doleiro Lucio Funaro. Em depoimento posterior, Joesley relatou que pagou R$ 400 mil a Funaro para que ele e Cunha não contassem as irregularidades que conheciam da JBS e de integrantes do PMDB como Temer.

O empresário afirmou à Procuradoria-Geral da República que pagou R$ 5 milhões ao peemedebista.

Temer disse que Joesley era um "falastrão" e por isso não teria levado a sério a conversa que teve com o empresário num porão do Palácio do Jaburu, a residência do presidente.

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Cunha afirmou no depoimento à Polícia Federal também que não teve a intenção de constranger Temer com uma série de perguntas que enviou ao presidente.

O ex-deputado disse que "as questões formuladas foram parte da estratégia de defesa do declarante e não tiveram a intenção de constranger o presidente Michel Temer ou qualquer outra pessoa". Sobre as questões que encaminhou à Justiça de Brasília, "o declarante informou que irá tratar destes fatos no momento processual adequado naquela ação penal".

Segundo Cunha, o fato de a Polícia Federal ter encontrado recursos com a irmã de Lucio Funaro, Roberta Funaro, "demonstra que os recursos da J&F Investimentos [que controla a JBS] ficaram com ela".

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O ex-deputado negou que conhecia Roberta, presa na Operação Patmos em 18 de maio.

Nessa data, a PF aprendeu R$ 1,7 milhão em espécie em sua residência, que teriam sido entregues pela JBS para que seu irmão não fizesse acordo de delação. Funaro, no entanto, negocia acordo com a Procuradoria-Geral da República

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Roberta também foi filmada recebendo uma mala com R$ 400 mil de um lobista da JBS chamado Ricardo Saud. Depois, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, converteu a medida em prisão domiciliar.

O advogado Rodrigo Sanchez Rios, que defende Cunha, disse à reportagem "que o deputado tem interesse em prestar todos os esclarecimentos a respeito desses fatos".

O depoimento durou cerca de uma hora e meia. A defesa tentou adiar a oitiva, argumentando que não teve acesso à íntegra do inquérito. Ainda assim, o ex-deputado resolveu fazer "uma declaração geral", segundo Rios, a respeito das acusações.

O ex-deputado, investigado na Operação Lava Jato, permanece preso em Curitiba. A defesa de Cunha já pediu a anulação da delação da JBS ao STF (Supremo Tribunal Federal).

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