MAIS LIDAS
VER TODOS

Política

ATUALIZADA - STF mantém prisão de Andrea Neves, irmã de Aécio

LETÍCIA CASADO BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Por três votos a dois, a Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) manteve nesta terça-feira (13) a prisão da jornalista Andrea Neves, irmã do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG). Ela está detida desde

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 13.06.2017, 17:30:07 Editado em 13.06.2017, 17:30:11
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

LETÍCIA CASADO

continua após publicidade

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Por três votos a dois, a Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) manteve nesta terça-feira (13) a prisão da jornalista Andrea Neves, irmã do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG). Ela está detida desde 18 de maio por envolvimento em crimes apontados por delatores da JBS.

Três magistrados divergiram do voto do relator, Marco Aurélio, que defendeu a soltura de Andrea e foi acompanhado apenas por Alexandre de Moraes.

continua após publicidade

Votaram por mantê-la detida os ministros Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Rosa Weber.

A maioria entendeu que Andrea deve permanecer presa para evitar que atrapalhe as investigações. Eles também afirmaram que os procuradores suspeitam que ela tenha cometido outros crimes, como lavagem de dinheiro.

Para Marco Aurélio, a prisão preventiva deve ser aplicada somente quando outras medidas cautelares -como comparecimento periódico ante o juiz- não são eficazes.

continua após publicidade

Ele também sustentou que ela possui bons antecedentes criminais e que a prisão preventiva é punição dura para uma pessoa que ainda não foi julgada e condenada.

O ministro Alexandre de Moraes disse que o Ministério Público não apontou fatos que atribuíssem o crime de obstrução à justiça e tampouco tipificou condutas de Andrea que poderiam ser encaixadas na lei de organizações criminosas. Ela já foi denunciada, mas por corrupção passiva.

Terceiro a votar, Barroso abriu divergência do relator. Ele citou a fundamentação do colega Edson Fachin, relator da Lava Jato, que decretou a prisão de Andrea, e as suspeitas dos investigadores de que outros crimes tenham sido cometidos, como lavagem de dinheiro e obstrução à justiça.

continua após publicidade

Barroso destacou que, segundo a investigação, Andrea intermediou reunião entre Joesley Batista e Aécio para que tratassem de um pedido de R$ 2 milhões feito por ela. O pagamento seria feito em quatro parcelas. A Polícia Federal filmou a entrega de dinheiro a Frederico Medeiros, primo de Aécio.

SANGUE

continua após publicidade

Marco Aurélio fez interferência enquanto Barroso votava. Disse que a sociedade "chegou ao limite da indignação" e, por isso, "quer sangue". "Às vezes, como juiz, não podemos proporcionar o que ela pretende", afirmou.

"Certamente que não", respondeu Barroso. "O clamor público jamais será suficiente para condenação ou decretação de prisão. Mas provas abundantes e contundentes certamente sim", acrescentou.

"Não tenho prazer mínimo em prender ninguém", disse Barroso.

continua após publicidade

Para Fux, a decisão de Fachin ao prender Andrea deve ser respeitada. Segundo ele, como os investigadores dizem que ainda não é possível afastar o risco de destruição de provas, o pedido de liberdade deve ser reexaminado a soltura em outro momento.

Rosa Weber disse que, "ao menos por hora", não é o caso de reverter a prisão preventiva. O fato de Andrea ter sido denunciada não elimina o risco de que ela interferia na investigação, disse a magistrada.

OPERAÇÃO PATMOS

continua após publicidade

Deflagrada em 18 de maio, a operação Patmos foi autorizada por Fachin, que homologou a delação dos executivos da JBS. A defesa de Andrea recorreu da prisão, e o caso foi julgado nesta terça.

Os advogados de Aécio pediram para que o ministro reavaliasse a decisão de afastar o tucano do mandato, além de pedir ao magistrado que desmembrasse o inquérito e atribuísse a investigação a outro relator. A investigação apurava, inicialmente, condutas de Aécio e do presidente Michel Temer.

Fachin separou as investigações, e Marco Aurélio foi sorteado novo relator. Ele deve pautar os recursos do tucano na próxima sessão da turma, dia 20 de junho.

No dia 2 de junho a PGR (Procuradoria-Geral da República) denunciou Aécio, sua irmã e seu primo, além de Mendherson Souza Lima, assessor do senador Zezé Perrella. Aécio também foi denunciado por obstrução à Justiça.

Andrea, Pacheco e Mendherson foram presos em 18 de maio na operação Patmos

Quando apresentou a denúncia, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, destacou que a investigação constatou suspeitas de envolvimento dessas pessoas com esquema de lavagem de dinheiro, que deve ser investigado em outro inquérito.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Política

    Deixe seu comentário sobre: "ATUALIZADA - STF mantém prisão de Andrea Neves, irmã de Aécio"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!