PAULO GAMA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Ao sair de reunião com Fernando Henrique Cardoso, Geraldo Alckmin e João Doria, o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), afirmou nesta quinta-feira (25) que há um "consenso" no partido de que "qualquer movimentação" da legenda sobre o futuro do governo aconteça "em conjunto" com o presidente Michel Temer.
"Qualquer coisa tem de passar pelo presidente Temer e pela avaliação dele. Não está sendo negociado, mas o consenso é que qualquer movimentação seria em conjunto com o presidente."
O aceno de Tasso à inclusão do peemedebista nas negociações sobre sua sucessão indica uma tentativa do PSDB de que a saída encontrada consiga assegurar "um dia seguinte sólido", nas palavras de outro senador do partido.
Tucanos acreditam que, em um cenário de queda de Temer, é preciso manter uma boa relação com o PMDB para a eleição indireta que decidirá o novo presidente e para a montagem de um eventual governo, preservando espaços dos peemedebistas e do grupo do presidente.
Tasso voltou a defender "cautela" em relação à definição do partido. "Qualquer decisão precipitada pode vai ter consequências graves para o país. Nosso papel é manter a tranquilidade e a estabilidade agora, até a gente ter uma profundidade maior", disse.
Essa profundidade maior, segundo o senador, virá até o dia 6 de junho, quando o Tribunal Superior Eleitoral deve reiniciar o julgamento da ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer.
Até a data, Tasso deve reunir o partido para definir uma posição.
O senador disse que ouviu dos três caciques tucanos com quem se reuniu "três visões diferentes" sobre o "estado atual e a consequência dele para a economia daqui para a frente".
"O que todo mundo concorda é que, até as famosas gravações, estava indo muito bem, no trilho para retomar o crescimento. Esse fio foi rompido, o que fazer para retomar esse fio é a questão."
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