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ATUALIZADA - PM e manifestantes entram em confronto em protesto contra Temer

ANGELA BOLDRINI E LUCAS VETTORAZZO BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Centrais sindicais e movimentos de esquerda de todo o país marcham em Brasília contra o presidente Michel Temer (PMDB) e as reformas da Previdência e trabalhista e pela convocação de eleições

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 24.05.2017, 19:25:04 Editado em 25.05.2017, 00:36:50
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ANGELA BOLDRINI E LUCAS VETTORAZZO

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Centrais sindicais e movimentos de esquerda de todo o país marcham em Brasília contra o presidente Michel Temer (PMDB) e as reformas da Previdência e trabalhista e pela convocação de eleições diretas nesta quarta-feira (24).

Durante o protesto, participantes do ato e Polícia Militar entraram em confronto. Foram disparadas bombas de gás e de efeito moral. A cavalaria da PM chegou a investir contra os manifestantes, que responderam jogando pedras e paus.

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Foram depredadas as fachadas de ao menos seis ministérios (Planejamento, Saúde, Fazenda, Trabalho, Ciência e Tecnologia e da Agricultura e Meio Ambiente), e o governo ordenou que todos os prédios da Esplanada fossem esvaziados. Segundo a Secretaria de Segurança do DF, quatro pessoas foram detidas.

Chamado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que lideraram atos contra o impeachment de Dilma Rousseff, e pelas centrais sindicais, a manifestação saiu do estádio Mané Garrincha e segue em direção ao Congresso Nacional.

Os organizadores falam em 150 mil pessoas. A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal afirmou que até as 15h45 havia 35 mil manifestantes. O número estimado de ônibus que vieram de outros Estados é entre 500 e 600.

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Em pronunciamento, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, classificou de "baderna" e "descontrole" os episódios de vandalismo e depredação e solicitou reforço das Forças Armadas para controlar a situação na Esplanada dos Ministérios.

O ministro disse que a manifestação "degringolou para violência, vandalismo, desrespeito, agressão e ameaça". Temer assinou decreto em edição extra do "Diário Oficial da União" que autoriza o emprego das Forças Armadas até a próxima quarta-feira (31) para a garantia da lei e da ordem no Distrito Federal.

Após a PM soltar bombas por mais de uma hora, o gramado da Esplanada dos Ministérios foi esvaziado e os manifestantes seguiram em direção à rodoviária por volta das 17h.

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"A gente não merece passar por isso. Quase não tem nada e o que tem, eles querem tirar", diz o metalúrgico paulista Fernando Oliveira, 27, que saiu do Jabaquara, em São Paulo, na terça-feira (23), às 11h em direção à capital federal.

Entre as muitas categorias presentes, estão os agentes penitenciários, que chegaram a invadir o Congresso durante votação da reforma da Previdência em comissão no início de maio. Eles receberam uma salva de palmas ao passar por um dos carros de som que compõem a manifestação.

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Entre as entidades presentes, estão a CUT (Central Única dos Trabalhadores), a UGT (União Geral dos Trabalhadores), a CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil), o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), além de membros de partidos, sindicatos locais, entidades estudantis como a UNE (União Nacional dos Estudantes) e movimentos LGBT.

A Força Sindical também se uniu ao protesto contra o governo. Antes da revelação da delação da JBS, a central do deputado Paulinho da Força (SD-SP) se posicionava apenas contra as reformas trabalhista e da Previdência, mas não pedia a saída do governo.

Muitos carregam bandeiras e camisetas com o rosto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O melhor seria se entrasse o Lula mesmo", diz a doméstica Elza de Araújo, 51, que veio de Teresina acompanhar a manifestação.

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Outros ainda não escolheram candidato. "É tanta safadeza que a gente nem sabe", diz o motorista mineiro Gabriel, 30. "Eu sei que a gente não aguenta mais o país ser tão hipócrita, e não aguenta mais comer só ovo de mistura."

A reportagem também encontrou manifestantes do Pará, do Rio Grande do Sul, Rio Grane do Norte, Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo, Distrito Federal e da Paraíba.

TENSÃO

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O clima na marcha ficou tenso por volta das 13h30, quando os grupos chegaram ao bloqueio feito pela polícia, em frente ao Congresso.

Homens com máscaras anti gás e camisas laranja da Força Sindical forçaram as grades e instaram as pessoas a invadir o Parlamento.

A Polícia repeliu a tentativa com spray de pimenta. Do alto de um dos carros de som, sindicalistas pediam uma marcha pacífica e que as lideranças controlassem suas bases.

Um cordão humano de dirigentes sindicais foi formado para impedir embates entre manifestantes e a polícia.

"Companheiros mascarados, por favor, retirem suas máscaras. Aqui tem mães, tem trabalhadores honestos. Nosso protesto é pacífico", disse a senadora Vanessa Grazziotin (PC do B-AM).

Na parte de trás da manifestação, dirigentes em carros de som pedem que o público espere, porque "o pau ainda está comendo solto lá embaixo". Eles pedem que os manifestantes não desçam em direção ao Congresso e não respondam a provocações.

Na altura do Museu Nacional, um jovem se feriu ao tentar acender um rojão e foi rapidamente socorrido pelo Corpo de Bombeiros.

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