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Independentemente de edições em áudio, Temer cometeu crime, diz OAB

LUCAS VETTORAZZO BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente da OAB, Claudio Lamachia, disse nesta segunda-feira (22) que independentemente de ter havido ou não edições em áudio do presidente Michel Temer, houve crime de responsabilidade que justifique pedid

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 22.05.2017, 17:40:10 Editado em 22.05.2017, 23:29:17
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LUCAS VETTORAZZO

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente da OAB, Claudio Lamachia, disse nesta segunda-feira (22) que independentemente de ter havido ou não edições em áudio do presidente Michel Temer, houve crime de responsabilidade que justifique pedido de impeachment.

A OAB mantém, portanto, a decisão de protocolar pedido de impedimento do presidente ainda esta semana.

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A ordem se baseia não somente no áudio no qual Temer é gravado em conversa com o empresário Joesley Batista, em reunião sem registro, no Palácio Jaburu, em Brasília.

Segundo Lamachia, a maior prova de que Temer cometeu crime de responsabilidade está na confirmação, pelo próprio presidente, em seus dois pronunciamentos, de que se reunira com o delator e que ouvira dele que comprava juízes e procuradores da Lava Jato.

Em pronunciamento no sábado (21), Temer confirmou a reunião e teor desse trecho específico da conversa, mas disse que não teria tomado atitude por julgar estar diante de um mentiroso, que cometia uma "fanfarronice".

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Lamachia afirmou que não cabia ao presidente fazer julgamentos naquele momento. A postura esperada, disse, seria encerrar a conversa e denunciar o empresário às autoridades.

"Muito está se discutindo sobre alguma edição do áudio, mas a peça que a OAB irá apresentar tem como base também as declarações do presidente sobre a reunião. Ele em nenhum momento nega os fatos [relativos à conversa sobre compra de autoridades]", disse Lamachia.

"Na medida que ele diz que Joesley é um fanfarrão e delinquente, agrava ainda mais o fato. Ele nem deveria o ter recebido", disse.

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O presidente da Ordem lembrou ainda que um dos procuradores que teria recebido dinheiro da empresa, Ângelo Goulart, também foi preso.

Lamachia afirmou que independentemente do resultado da avaliação que o STF (Supremo Tribunal Federal) fará tanto sobre o áudio quanto sobre o inquérito contra o presidente, o pedido de impeachment será mantido.

A ideia é protocolar nesta semana o pedido na Câmara. Inicialmente a OAB havia divulgado que seria nesta terça ou quarta. Lamachia admitiu, contudo, que pode ficar para quinta-feira (25).

Outro fato grave apontado por Lamachia diz respeito ao trecho em que Joesley pede favores ao presidente na área econômica, ao que Temer sugere que ele procure o deputado (agora afastado) Rogério Rocha Loures (PMDB-PR), mais tarde filmado carregando malas de dinheiro.

"Tudo ali é gravíssimo. Se algum ponto não estiver correto, o presidente terá a chance de se defender durante o processo", afirmou.

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